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SITUAÇAO CAÓTICA DOS CORREIOS (MARCOS SOUTO MAIOR (*)

MARCOS
Bem perto do final de 2015 e, pela primeira vez, a Empresa dos Correios e Telégrafos vai fechar suas contas com prejuízo de 1 bilhão de reais, sendo a primeira vez, num período de vinte longos anos de normalidade, e muito trabalho que chegou a ser consagrada o primeiro lugar nas pesquisas do IBOPE, para orgulho dos governos federais dos anos a partir de 1969, nascendo uma empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações, transformando autarquia federal Departamento de Correios e Telégrafos, para a modernidade compatível com o tempo. A história diz claramente, destacou o modelo de gestão do setor postal brasileiro, tornando-o mais eficiente e equilibrado valorizada pelos esforços pessoais dos dirigentes, empregados operadores, burocráticos e carteiros.
No início do ano 2008, a ECT acolhia no trabalho, mais de 109 mil empregados próprios em todos os municípios do Brasil, sendo a única e empresa que estava presente diuturnamente, além de terceirizados completando. E sob os efeitos da nossa Constituição Federal, o monopólio exigia ser operador universal dos serviços postais, garantindo a presença de todos os recantos do nosso país, que nem um continente rico, de um povo trabalhador, determinado e sensível a terra que estrangeiros queriam invadir, furtivamente: o brasileiro!
O que era bom, aos poucos foi engrossando na competição eleitoreira, nas hostes dos Correios quando cerca de 20 diretores regionais dos Correios se filiaram ao Partidos dos Trabalhadores, escolheram o prestígio e vantagens na política eleitoreira, mormente quando a pressão da cúpula petista, havendo quem diga que houvera uso abusivo da máquina dos correios em eleições. Bastando apenas dizer, os ‘santinhos’ das eleições eram postadas abertamente, com a turma do PT, sem pagar os portes devidos. Principalmente nos dois mandados aloprados de Lula e os outros dois outros governos de Dilma, mesmo com a corda no pescoço, que a empresa, outrora de ouro, tornou-se uma mandioca grande e grossa…
Havendo onde existe fumaça, também há fogo, em esclarecimento postado no jornal O Globo, no início deste mês fatídico para os Correios, os atuais diretores disseram que não enxergaram qualquer tipo de crise que possa operar queda vertiginosa do lucro, da outrora maior e melhor empresa estatal. Também, O Estadão demonstrou que a área técnica e fiscalizadora do Tribunal de Contas da União concluiu que os Correios distribuíram irregularmente, só em São Paulo, 4,8 milhões de panfletos da presidente Dilma, na campanha eleitoral passado. De igual forma, descobriram no TCU que ‘há indícios de que os procedimentos dos Correios feriram a isonomia entre candidatos. A equipe técnica apurou que carteiros chegaram a ser confundidos com cabos eleitorais.’
Indubitavelmente aos poucos, tentaram dobrar e esquecer os documentos dos Correios, numa etapa fantasiosa, do desgoverno petista, apresentada como redução dos lucros, jogando quatro fatores insuficientes, a saber: sobre o provisionamento na saúde e previdência, o desembolso para demissão incentivada, aqueda de rendimentos de aplicações e outros desvios corriqueiros e coincidentes, com a campanha aberta da reeleição da presidenta atual. E nem precisa que qualquer técnico contador, explique ao povo o porquê de Papai Noel andar chorando pelas ruas, deixando a meninada tentar consolo no colo em casa mesmo. Por nada não, mas a meninada quer é o impeachment.
(*) Advogado e desembargador aposentado