Muitas pessoas hoje encaram o sentimento de culpa como algo indesejável. Pois, a culpa é o pior doença que pode acometer um homem. Pois, sem sentimento de culpa, a pessoa se torna desprovida de sensibilidade e responsabilidade.
A culpa é um sentimento que surge quando nos damos conta de que magoamos alguém de quem gostamos, ou quando não vivemos à altura dos padrões que achamos que devíamos seguir.
A culpa se relaciona com a cobrança que a pessoa faz de si mesma por ter cometido uma falha, uma ofensa, crime ou pecado, pode-se acontecer também de nos sentirmos culpados sem que haja motivos para isso.
Podemos permitir que um justificado sentimento de remorso devido a um erro ou a uma transgressão se intensifique a tal ponto que se transforma em sentimentos aflitos, e acabamos punindo a nós mesmos desnecessariamente. Assim sendo, como o sentimento de culpa pode nos beneficiar?
O sentimento de culpa pode ser benéfico de pelo menos três maneiras. Em primeiro lugar, ele sinaliza que estamos cientes de quais são os padrões aceitáveis. Mostra que a nossa consciência não é insensível. Pessoas com consciência calejada ou aviltada não conseguem enxergar a diferença entre o certo e o errado, o que é muito perigoso.
Em segundo lugar, o peso da consciência pode nos ajudar a evitar comportamentos indesejáveis. Assim como uma dor física nos alerta contra um possível problema de saúde, a dor emocional ligada a culpa nos alerta contra um problema moral ou espiritual que precisa de nossa atenção. Uma vez que nos tenhamos conscientizado de certa fraqueza, tomamos mais cuidado para não ferir novamente a nós mesmos., às pessoas que amamos ou a outros.
Finalmente, confessar a culpa pode ajudar tanto o ofensor como a parte que foi lesada. A confissão pode fazer com que até mesmo a parte ofendida se sinta melhor porque a admissão de culpa pode assegurá-la de que a pessoa que errou a ama o suficiente para lamentar ter causado tanta mágoa. Para que possamos ter um conceito equilibrado sobre o sentimento de culpa, observe o nítido contraste na maneira em que Jesus e os fariseus encaravam os pecadores e o pecado.
O sentimento de culpa, portanto, pode ser benéfico, até necessário, caso confessar o erro e tomar outras medidas corretivas.