O monopolizador do trigo não poderá abastecer-se à mesa, senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome; e o proprietário da fábrica de tecidos não dependerá senão de alguns metros de pano, para a confecção da roupa de uso próprio.
Assim, ninguém deve alimentar-se e vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em suas bases naturais.
Por que esperarmos um banquete para oferecermos algumas migalhas ao próximo que passa faminto? Por que primeiro acumular tesouros para sermos úteis ao necessitado? A caridade não pode depender do que nos sobra, pois, é fonte nascida do coração.
É sempre justo desejar algo mais para nos socorrer e ao nosso próximo nos dias difíceis e inseguros, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado.
Abramos as portas da nossa alma e deixemos que fulgure para todos o nosso sentimento solidário, assim como o sol cujos raios iluminam, alimentam e aquecem a todos indistintamente, ou como a chuva que, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e alimenta bilhões de vidas.
Dividamos do pouco ou do muito que temos com os companheiros de jornada, e a significância da boa vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum. Algumas sementes, regadas com carinho, no curso dos anos formam extensa floresta.
Portanto, sempre, com alegria, auxiliemos todos que conosco partilham a marcha, porque segundo o Livro Sagrado, se possuímos a graça de contar com o pão e o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de VIVER e SERVIR, em paz e em contentamento.
Meditemos um pouquinho, nesta quinta-feira, sobre a importância equilibrada entre a busca da abundância necessária e a redentora caridade da partilha.