Dedinir e executar o propósito aqui nessa vida terrena, plantando e deixando para que o universo possa atravessar as estações por ele definido, eu, autor dessa história, nunca cobro fatura antecipada. Simplesmente sou irrigador, cuidador e zelador desse propósito, sabedor de seus princípios, valores e verdades. Basta, junto ao fator tempo, saber que o retorno é garantido na escalada da vida.
O poema na canção de Abrunhoza diz: “Aquele era o tempo em que as sombras se abriam. Em que homens negavam o que outros erguiam. E eu bebia da vida em goles pequenos, tropeçava no riso, abraçava venenos. De costas voltadas não se vê o futuro, nem o rumo da bala, nem a falha no muro.” E alguém me gritava com voz de profeta: “Que o caminho se faz entre o alvo e a seta.” Foi ouvir o grito da última frase que me levantou e me faz cada vez mais forte e vencedor dos meus caminhos e celebrador de minhas vitórias e do meu legado em vida.
Pois, na sequência do poema, Abrunhosa completa: “De que serve ter o mapa se o fim está traçado? De que serve a terra à vista se o barco está parado? De que serve ter a chave se a porta está aberta? De que servem as palavras se a casa está deserta?” Assim, me ergui seguro de meu eu e sabedor de mim, me debrucei diante da jornada da vida mais cauteloso e zeloso do tempo que me soma e me acrescente. E, deixando cada vez mais me dedicar à contribuição do meu histórico para navegar na minha história, essa que escolhi para ter orgulho de mim.
Sabedor que o perverso, o invejoso, a maldade humana ainda me cercam e tentam me destruir, mas hoje, mais forte e sabedor da rota e caminho a seguir, não os temo. Sigo adiante, o caminho que vai dar no sol. De um dia de domingo, 15/06/25, Carlos Marques Dunga Jr.”