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Blog do Vavá da Luz

OS DISCURSOS DE DILMA

bujao

Há pessoas que se redimem no fracasso, outras, no triunfo. Dilma não se redime em nenhuma circunstância. Vive, como um bujão de gás, aprisionada numa couraça de rendas brancas, bordadas por mão alheia.
O mal gosto em Dilma, do corpo e do espirito, não está na historia nem no passado com circunstancias de sofrimento e gloria. Está no que sobrou da mágoa.
No começa era o verbo. Direi que no meio e que no fim também é o verbo. O que nos expressa não são cinco quilos a mais ou a menos. O que nos expressa é o que dizemos. O que dizemos como poetas nos expressa como poetas. O que dizemos como presidente nos expressa como presidente.
Os discursos de posse, de Dilma, pronunciados para anunciar um segundo mandato, constituem um ato deslumbrado de falta de humildade. E, quando falta humildade, falta lucidez. E, quando falta lucidez, é melhor ficar calado.
Dilma não reconhece a clareza das circunstâncias nem mesmo no sol do meio dia.
Para ela, mesmo as trevas mais visíveis, constituem uma servidão luminosa de passagem, do triunfo para o triunfo.
Não há crise econômica, há um sólido patamar para o inevitável desenvolvimento desses anos seguintes de 2015 e 2016. Não há e nunca houve uma estrutura de corrupção pública, o que houve foi uma luta tenaz contra a corrupção por ela desenvolvida para tornar as instituições mais republicanas.
Não há vazios de ineficiência, no campo da infra estrutura, da energia, da produção industrial, da educação, da ciência e da tecnologia. Tudo está tão bom que nenhum setor precisa de um especialista para resolver eventuais problemas. Os ministros nomeados são mais do que suficientes. Não há problemas no Brasil.
E o pior, Dilma se expressa, como um ventríloquo, pois mesmo a sandices que afirma não são de lavra própria. O marqueteiro eleitoral é o mesmo marqueteiro da posse.
Em sua festa só teve um grande ausente: O BOBO DA CORTE. E o bobo da corte somos nós.

Jorge da Cunha Lima