Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

OS CARNAVAIS DE OUTRORA E OS DE HOJE (Marcos Bacalháo)

  • por

     

O período como de festa carnavalesca teve a sua nascente no século XI, em decorrência da Semana Santa, conforme adotado pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a chamada Quaresma, que se inicia com a Quarta-feira de Cinzas.

       O Carnaval foi na minha infância uma referência sem maior importância. A lembrança retroage ao final dos anos 60, quando ainda peregrinava nas cidades do interior Campina Grande, Serra Redonda, Alagoa Grande, Serra Redonda e Itatuba.

 

 Lembro-me bem de um bloco de “papangus” que causava certo medo à meninada.

O carnaval, em sua concepção original, era considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo e sempre teve um significado ligado à liberdade total de dizer e fazer, gerando as críticas e sátiras.

Com as sucessivas crises econômicas e políticas já não persiste a alegria espontânea do folião, pois tudo é artificial, promovido pelos órgãos municipais, sem o interesse da totalidade da população, ou, palcos com músicas tocadas por bandas contratadas – algumas “fajutas” e causadoras, posteriormente, de inquéritos em razão de  irregularidades cometidas. 

 

O carnaval de rua ainda é mantido, com suas tradições originais na região Nordeste do Brasil, notadamente nas cidades de Recife e Olinda, onde as pessoas saem às ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu, com desfiles de bonecos gigantes representando pessoas populares em todo o mundo. 

 

Também na Bahia, em especial na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas agitadas defendidas por cantores e grupos típicos da região, como são exemplos os blocos afro-brasileiros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi. No eixo Rio – São Paulo, o carnaval é um espetáculo para atrair turistas, sem mais a espontaneidade dos primeiros tempos, embora sua magnitude atraia as vistas de todo o mundo.