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Blog do Vavá da Luz

O pescador de histórias (Marcos Pires)

O pescador de histórias

Marcos Pires

Aluízio Nicácio nasceu bom e o tempo só aperfeiçoou essa condição. Por isso é dono de um excelente humor, do qual finalmente colocou uma pequena parte no livro “Pescador de histórias”.

Vou dar alguns exemplos. Todos os anos, juntamente com numeroso grupo de paraibanos, Aluízio vai ao pantanal pescar. Pelo menos essa é a desculpa, porque levam várias grades de cachaça Rainha que milagrosamente desaparecem ao fim de viagem. Naquele ano ele estava “aperreado” porque fizera uma promessa de não beber por um certo período, e aproximando-se o dia da viagem finalmente encontrou um doido que deu a solução; terceirizar a promessa. Contrataram um pinguço famoso que aceitou ficar sem beber durante o tempo que durasse a pescaria, mediante a paga de 500 reais. Ocorre que contra todas as possibilidades, Aluízio e o parceiro de pescaria Germano Toscano não pegaram nem gripe. A razão? O tal pinguço quebrara a promessa e torrou os 500 reais em cana.

Outra dele; o radialista Paschoal Carrilho, de quem era amigo, foi fazer o exame de próstata depois de muita resistência. Ao ver Dr. Osório Abath colocando uma luva na mão, suplicou: “-Doutor, já que vou me lascar, dá para o senhor tirar pelo menos o anel do dedo?”.

São dezenas de boas gargalhadas guardadas no livro, mas não posso encerrar sem mencionar o planejamento de uma viagem a Fortaleza que ele iria fazer com os casais amigos Luiz Carlos Florentino e Luiz Guimarães, colegas do Banco do Brasil. Reuniam-se todas as sextas feiras para trocar ideais sobre a viagem, mas os aperitivos que tomavam não permitiam o tal planejamento. Enfim decidiram fazer uma última reunião e não beber até resolverem tudo.

Só que adotaram um curiosíssimo modo de viajar. Iriam parando onde houvessem bares com bons tira-gostos e cerveja gelada. Parariam inicialmente em Bayeux, onde havia um excelente picado. A segunda parada seria em Waldemar do Buchão em Varzea Nova, porque o caranguejo era espetacular. Não poderiam esquecer a buchada de D. Zefa Preá em Tibiri, né? E por aí foram até que Luiz Carlos Florentino perguntou onde planejavam dormir na primeira noite. Feitas as contas só dava para chegarem em Santa Rita. Desistiram da viagem.

Se o leitor gosta de rir, favor comprar o livro desse pescador de amizades.