O homem mais feliz do mundo
Um profundo estudo realizado pela Lies University, dos mais prestigiados centros intelectuais do mundo, acaba de ser publicado e trouxe revelações impressionantes. Ao contrário do que se pensava, dinheiro e poder estão longe de serem componentes fundamentais na definição de felicidade que a pesquisa mostrou. Também chamou a atenção dos pesquisadores o fato da consciência da própria felicidade ser mais próximos aos idosos.
Vou dar uma resumida nas mais de mil páginas do texto, e começo pelo terceiro homem mais feliz do mundo identificado pela pesquisa. É um habitante da ilha da Pascoa (Rapa Nui). Trata-se de um cidadão que aproveitou o fato da ilha ser um território pertencente ao Chile, ficando a mais de 3.000 quilômetros da costa chilena, com uma população de 7.000 habitantes. Portanto, quer pela distância quer pela reduzidíssima população, ele nada pode fazer para mudar o sistema político chileno. Assim, consciente da sua pequena importância, não vota nem se interessa pelo poder. A lição é a de que existe muita gente se preocupando com “coisas sérias”; a ele só cabe ser feliz.
Já o segundo homem mais feliz do mundo foi encontrado na cidade de Barcelona. Sua vida sempre foi pura diversão; festas, amigos, esportes e muita leitura. Só aceitou casar com uma condição; que ele e a esposa sempre morassem em casas separadas, encontrando-se apenas nos momentos de alegria. Ela criou os filhos (fazia parte do acordo) com quem ele conviveu exclusivamente nas horas de lazer e quanto aos netos somente os encontra quando eles o convidam para alguma atividade. Sua lição é a de que ninguém deve forçar nenhum sentimento.
Por fim, o homem mais feliz do mundo foi encontrado no Rio de Janeiro. Sua receita: descobriu que dinheiro você pode perder e ganhar várias vezes, mas o tempo você só tem um, que vai se acabando ao longo da vida, sem possibilidade de reposição. Por isso, quando ele conseguiu ganhar o limite do suficiente para viver, dedicou-se a não fazer nada. A lição dele foi estabelecer o limite do suficiente.
Segundo a conclusão da impressionante pesquisa da Lies University, o que liga os homens mais felizes do mundo é que todos eles vivem em sociedade, porém recusaram-se a concordar com os valores que a sociedade elegeu como importantes ou denotadores de status.