Pular para o conteúdo

Blog do Vavá da Luz

O D E S T I N O (Prof. Marcos Bacalháo)

 

“ Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”

(Sêneca)

 

O destino se constrói a cada momento de nossa existência. Se é verdade que hoje navegamos pelo rio da vida com a canoa que construímos com os golpes de machado de nossos próprios atos, também é verdade que nos cabe remar no sentido que desejamos e sujeitando-nos a avançar lenta ou velozmente no rumo a ser alcançado.

 

Nosso livre arbítrio, a todo momento, jogar para fora do barco o lastro excessivo das pedras da culpa que imaturamente juntamos no decorrer de nossa jornada. No entanto, estamos limitados as quatro paredes envidraçadas que correspondem aos pontos cardeais de nossa dimensão física; livres apenas ao espaço dimensional que conhecemos, porém mergulhados em outros espaços que não percebemos.

 

Na trajetória da vida, os atos construtivos e amorosos além de conquistar a simpatia e o amparo ao nosso redor, gerem vórtices energéticos superiores em nossa estrutura espiritual. A  presença destas energias sutis suavizam acentuadamente nossas desarmonias energéticas, bem como reduzem nossas tendências e determinadas situações de desequilíbrio e sofrimento.

 

Creio que o destino, deve ser compreendido sempre como uma tendência a determinadas situações de nossa natureza psíquica, a qual foi elaborada nas múltiplas existências. Nada impede que lutemos contra elas, ao contrário, mentores espirituais nos amparam constantemente infundindo força para vencermos, evitando, muitas vezes, sofrimento desnecessários.

 

Neste sentido, a agressividade é uma autodefesa, isto é, um mecanismo biológico fundamental de adaptação. Ela nos ajuda a lidar com as ameaças do nosso território, tanto físicas  quanto emocionais. A agressividade torna-se uma força-motriz negativa quando está contaminada pelo desejo infantil de que poderíamos escapar das leis da responsabilidade pessoal, isto é, quando acreditamos na ilusão de que alguém pode nos satisfazer em todos os sentidos.

 

Por fim, enquanto nos sentimos prejudicados por alguém ou uma situação, manteremos uma ferida aberta que nos tornará cada vez  mais amargos. Até mesmo aqueles que se proíbem  de sentir raiva acabam por descobrir que ela está inevitavelmente em seu interior e se torna uma força destrutiva. Por isso, o melhor é lidar com uma honestidade interna. Desta forma, iremos aprender que nossa agressividade não é uma arma destrutiva, mas sim, um alerta de que é preciso dar mais atenção ao que se passa em nosso interior.