O antigo álbum de retratos!!!!
Hoje, mais uma vez, busquei um reencontro com o álbum de retratos de minha família. E, para começar, eu quero lhe perguntar: você, há quanto tempo, neste mundo digital, não olha seu antigo álbum de retratos?
Estou falando daquele branco, que foi fotografado por uma câmera com filme, que depois foi revelado em papel e virou uma grandiosa memória…
Quantas pessoas que não vejo há anos, quantos momentos revividos, quanta lembrança da origem de onde vim, dos tempos de criança, juventude, dos meus bisavós, avós e pessoas amigas queridas, que só vejo agora pelo registro do álbum.
Fotos que trazem ainda mais recordações quando, no seu verso, contêm escritos que são registros feitos por amor e coração – “dia de aniversário, local, datas: momentos, eternos momentos”.
Se fecharmos os olhos podemos reviver até os cenários, o cheiro das pessoas e dos campos, as cores e flores e o sabor dos momentos; lembro até a cor da roupa usada, do chinelo no pé que falta, do cacho do cabelo sem pentear, e algumas das frases proferidas naquele instante.
Colorido álbum preto e branco, sua poesia tem verso e rima, a cada retrato um barulho e o movimento do rolo da câmera se preparando para a próxima foto. Ele está vivo e vivas estão as imagens que guardo em meu HD atualizado.
Resta-me uma análise em comparação a uma citação que está no livro Terapia de Guerrilha (de Italo Marsili, 2019), presente do meu amigo Ricardo Wagner: “É o amor que vai te Salvar… A substância da vida humana”, pág. 291.
Abrir o álbum de fotos é poder amar sem o medo. Tudo o que leva medo traz insegurança e gera desamor. Precisamos amar o próximo na essência – a vida é curta, depois, quando abrir o álbum fotográfico, poderemos até mesmo não nos encontrar.
Abra seu álbum, chore, ria, viva, celebre, e depois diga:
– Tudo valeu a pena, viva a vida!!!
De um dia de Domingo. 13/03/2022