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NOSSAS IMPERFEIÇÕES (Prof. Marcos Bacalháo)

    

“ Durante todo o tempo de tua vida, seja sempre você mesmo, com todas as tuas virtudes e imperfeições. Muitos seriam pessoas melhores se não quisessem ser tão bons.”(Augusto

                                   Branco)

 

            Quando atuamos com desenvolvimento humano seja em qualquer ambiente, organizacional, familiar ou individual, percebemos o quanto ele é alicerçado em convicções irracional que  deterioram a cultura, os relacionamentos e a  performance dos indivíduos.  E, desde que nascemos, tentamos nos posicionar no mundo e buscar necessidades, sejam elas  quais forem de reconhecimento, de  afeto, de valorização, de  pertencimento, de poder, de controle, de sobrevivência e de segurança.

            Aceitamos a imperfeição humana que é a maior lição que temos que aprender, pois ser humano é ter defeitos e imperfeições. Todos nós cometemos erros, magoamos pessoas que nos são mais próximas, e por vezes nos comportamos inadequadamente, o que é para nós é muito difícil de aceitar. Isto é facilmente percebido pela relutância das pessoas em escutar as mensagens sobre os seus defeitos, vindas de outros. Instintivamente, erguem defesas como se  estivessem sendo atacadas  fisicamente.

Comportar-se desta maneira, representa um enorme desperdício de energia que pode ser  recuperada pelo simples ato de aceitar-se como realmente é em cada momento. Esta auto-aceitação implica na  compreensão das nossas necessidades  e conseqüentes defesas, que foram criadas em um momento em que sentimos vulneráveis e frágeis.Mas, será que  você precisa ainda agir desta maneira?

Assuma o  compromisso de ser honesto com você mesmo e com os outros. Assim, você estará criando uma base sólida para auto-estima, à medida que você tem um bom conceito de si mesmo, você deixa de precisar atender Às exigências irrealistas de uma imagem de perfeição. Tenha coragem de encarar a realidade humana imperfeita!

            Uma das maiores causa de nossas dores são algumas de nossas ilusões> uma das piores é a de querermos o mundo, o outro e a si mesmo perfeitos. Para diminuirmos nossas dores, sofrimentos é imperioso aceitar as próprias imperfeições, as dos outros e as do mundo. Essa é a nossa realidade, a realidade que nos cabe na nossa condição evolutiva e estado de alma.

            É necessário aceitar a dor como parte natural de nossa vida, aprender com ela e superarmos a necessidade específica de aprendizado que ela nos suscita. Uma ilusão muito comum é a de querer o melhor da vida sem pagar o preço do auto-enfrentamento , crescimento e amadurecimento espiritual.

            Não é possível reformar-se sem a aceitação completa de quem somos, com todas as nossas qualidades e imperfeições. O ponto básico para a transformação interior é aceitar a própria humanidade . Ser “humano”, é ser inteiro, integra internamente todos os aspectos rejeitados por nós.

            Aceitar as imperfeições não é se tornar conivente ou leniente, é  antes de tudo reconhecê-las, aceitá-las como partes nossas e só assim, transformá-las. Aceitar que temos imperfeições nos leva muitas vezes a culpa, auto-recriminação e autopunição Levando em consideração que as imperfeições ainda fazem parte da  realidade humana, não há porque culpar-nos como se fôssemos os únicos que as tivéssemos. Tenho dito!.