Pular para o conteúdo

NO QUINTAL DO TIO SAM ( MARCOS SOUTO MAIOR (*)

 

               Me preparei para a festa da Páscoa me deslocando para a Capital Federal Norte Americana, quando já faziam cerca de dez anos de minha última estada na terra do Tio Sam. Encontrei uma efusiva presença de crianças, jovens e velhos, todos procurando os melhores recantos e oportunidades que a pesada publicidade norte-americana apresenta.
​​

               Peguei uma baixa temperatura com direito a ver uma tênue camada de neve nos telhados e esparramando nas calçadas. Os três graus centigrados, na verdade, se apresentavam com a sensação térmica ficando abaixo do zero. Me encontrei com várias pessoas amigas que também se deslocaram até Nova Iorque, uma cidade que recebe o povo de todo o mundo, com o prazer de bem receber.
​​               Imitei os demais, e comprei um passe de ônibus com dois ambientes distintos: embaixo com ambiente fechado, e em cima aberto para o aproveitamento de ver os arranha-céus e prédios históricos agasalhando museus, teatros, ginásios polivalentes e as lojas para compras com abatimentos de até 60%. Meu primeiro compromisso turístico foi comparecer ao monumental ginasium Madson Square Garden, um monstro que abriga algo em torno de trinta mil torcedores devidamente sentados, com cadeiras numeradas e respeitadas. De início, recebemos grátis a camisa do time local, New York Knicks, e uma caixa com pipocas. A cada setor haviam bares com lanches, bebidas, inclusive alcoólicas, banheiros sanitários e policiais de paletó e gravata. Uma organização que nunca foi vista pelo meu Brasil.
​​               Vestido com a camisa da torcida organizada do NY Knick, como é chamado calorosamente pelos seus vibrantes e fiéis torcedores, gritando e batendo palmas o tempo todo, para incentivar suas cores. No centro do ginasium, grandes telões dão um glamour para ver os replays das jogadas fantásticas de enterradas da bola dentro do garrafão. Bem como as defesas abafando os ataques do time de Toronto, adversário neste play-off  que só decidiu nos últimos segundos, quando o tempo de jogo foi concluído, com placar apertado de 95 para NY Knick e 92 para o Toronto Raptors.
​​               Dia seguinte me desloquei para a capital federal dos EUA, Washington DC, uma cidade limpa, ordeira e repleta de monumentos históricos, onde quase tudo tem nome de ex-presidente, guerras ou algum outro tema que faz referência a períodos da história dos Estados Unidos; destacando o “Lincoln Memorial” uma estátua do ex-presidente no topo das escadarias e o Capitólio, a casa do congresso norte-americano, o Obelisco e, a Casa Branca onde reside e preside o líder democrático Barak Obama e sua família, sem evidenciar escândalos que abalasse o poder presidencial.
​​               Outro destaque é o Salão de Automóvel, chamando atenção em pontos turísticos da cidade, a exemplo do observatório do EMPIRE STATE, em seu 86º andar, sendo montado o mustang amarelo.

 

               Nesse encontro interessante com a turma do Tio Sam, me pertuba muito haver a inevitável felicidade do povo yankee, enquanto meu querido país desaparece em uma eterna crise institucional que se arrasta no sofrimento do povo brasileiro.
 

(*) Advogado e desembargador  aposentado