A notícia mais recente gravitando no mundo da comunicação paraibana: o radialista Nilvan Ferreira está de volta ao Sistema Correio de Comunicação. Irá ancorar na – TV e não no rádio – um programa de perfil policial e popularesco.

Nada de política. Pelo menos por enquanto…

É o que circula por aí nos bastidores dos poderes, nos restaurantes, bares e conversas amiúde.

Em se confirmando o que se diz, Nilvan limitado a um programa de TV em que a política partidária não emplaca, denota uma estratégia do poderoso Sistema Correio.
Carente de bons e expressivos quadros (do ponto de vista de amealhar audiências), o Correio não pode prescindir de um comunicador dessa grandeza. Mas também não é prudente deixá-lo de melé solto, porque, depois da campanha eleitoral, Nilvan passou a incorporar uma afronta aos dois maiores orçamentos do Estado: o do Governo e o da Prefeitura de João Pessoa.

Quem viver verá. Pelo menos por um bom tempo, as abordagens polêmicas de Nilvan correrão por fora das críticas ao governador João Azevêdo e ao prefeito Cícero Lucena.
Afinal, na primeira campanha eleitoral – em que disputou de forma surpreendente a Prefeitura de João Pessoa – o comunicador cajazeirense sentou a pua em Cícero Lucena, aliado da poderosa família Ribeiro e do governador João Azevêdo.

De volta ao Sistema Correio, o tom de Nilvan agora será outro. Ou melhor, os assuntos serão outros: descamisados presos, negros sendo enxotados a coturnos, uma reclamaçãozinha leve de um telespectador aqui, outra acolá, e não passa disso. Nem pensar em bater na gestão de Cícero Lucena.

Pelo menos por enquanto será assim. Em se comportando como manda o figurino, Nilvan naturalmente poderá retornar às ondas sonoras da Rádio Correio, quem sabe até ao Correio Debate, de onde nunca deveria ter saído.

A saída de Nilvan deu uma afundada violenta no programa. No que pese a competência indiscutível de Victor Paiva e Lázaro Farias, estão faltando pimenta, polêmica e opiniões opostas em discussão produtiva.

É claro que Nilvan pode voltar ao Programa. Competência tem de sobra.
Deixe a poeira baixar! Devem ter soprado no ouvido dele…

Política

Nilvan nunca deveria ter deixado a comunicação. Ali é o seu lugar, o seu mundo, é o que ele sabe fazer de melhor. Política? Talvez seja uma furada.

Tudo bem que ele teve uma votação surpreendente, mas provavelmente por conta de uma situação atípica. Um fenômeno. E, nem sempre, fenômeno se repete.

Fala-se que Nilvan irá presidir o MDB. Pode ser, mas não tem tamanho, esperteza e história política suficiente para ter um partido desse tamanho e com essa história para chamar de seu.

Tem gente maior na fila, e general não bate continência para soldado raso. A não ser na Presidência da República, onde o capitão que foi compulsoriamente jogada para a Reserva, para não ser expulso do Exercito por indisciplina.

Pb Agora

Por Wellington Farias