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Blog do Vavá da Luz

Nada é de graça (MARCOS PIRES)

MARCOS PIRES

Nunca errei nesse ponto. Desde sempre estou absolutamente convicto de que todos que te procuram querem alguma coisa. Não que isso seja necessariamente ruim porque às vezes se trata de uma proposta onde você ganha alguma coisa, mas com certeza quem te procurou vai ganhar muito mais. Com raríssimas exceções (uns Agnaldos Almeidas da vida) ligar para conversar somente pelo prazer da conversa é impossível.
Pior é quando a pessoa começa a conversa declarando: “- Rapaz, estou te ligando porque eu tenho uma coisa muito boa para você”. Quero não, pode ficar com essa coisa. “- Mas espera aí, eu nem te disse o que é…”. Pior ainda; se ele que sabe o que é a tal coisa está dando, imagina eu que nem sei que coisa é essa. Pode ficar, viu?
Meu avô Manuel Pires era um sábio das coisas da vida. É dele a celebre máxima: “- Se você estiver numa reunião com mais cinco pessoas e não conseguir descobrir quem é o idiota, pode ir para casa porque o idiota é você”. Foi com ele que aprendi que todos os dias saem de casa um besta e um sabido; quando se encontram realizam um negócio porque nenhuma transação é feita entre dois bestas ou entre dois sabidos. Ou seja, alguém tem que perder.
Tem pior; como é que alguém pode acreditar que quando os políticos aprovam uma lei ela é boa para o povo? Qualquer lei tem necessariamente interesses muito mais $en$ivei$ para quem a aprova do que para o povo. Nem vou falar desse fundão, ação entre políticos que vai retirar dos eleitores uma fortuna para ajudar a reeleger os mesmos políticos que vão continuar retirando dos eleitores o que mais eles tiverem.
Meu convencimento é o de que o Brasil é povoado de Cabos Dominghettis, aquele que foi à CPI Covid, lembram? Descobriu-se depois que o cara já negociou com carros, pedras preciosas, medicamentos, insumos… o escambau. Tudo inexistente. É como diz Dorgival Terceiro Neto Júnior; existem muitos tudólogos ao nosso redor, esse pessoal que entende de tudo, desde atracação de navio ao ciclo menstrual das borboletas.
Sempre prontos para nos dar algo.
Quero não!