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Blog do Vavá da Luz

MOTOS VELOZES DESRESPEITAM TRÂNSITO ( MARCOS SOUTO MAIOR

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MARCOS

                                Em diversas travessias diárias do meu escritório para os fóruns da cidade, os carros entram enfileirados com obrigação de pararem por conta dos semáforos mantidos pelo DETRAN. Contudo, o iminente risco com atropelamentos graves para os pedestres vai muito além dos automóveis, ônibus, camionetas e caminhões pesados, isto porque, entre o pequeno espaço de dois veículos, os famigerados ‘loucos das motos’ sempre deslizam correndo fazendo piruetas arriscadas, para satisfação pessoal. 

Por nada não, mas o povo está cansado de ver motocicletas voando nas pistas coletivas das cidades, como se o espaço fosse direito exclusivo destes. Na verdade, alternativa deveria existir no compartilhamento ao lado dos demais veículos circulantes, já que não existem pistas exclusivas para automotores de duas rodas… Na ultrapassagem por cima dos estúpidos limites de velocidade, facilmente atingem o desrespeito às poucas faixas para pedestres, isto porque, as horizontais se desgastam facilmente, exigindo nova cobertura mensal para se tornar visível aos loucos das motos, ameaça temerosas as pessoas que ousam atravessar nas vias para chegar aos seus trabalhos!

Lídimo poder rotular de trânsito louco, a insegurança das cidades do país, mal tradadas e pessimamente dirigidas, obtendo favor ao governo federal, no recente 18 de junho de 2014 e, em plena vigência do período pré-eleitoral, fazer baixar a Lei n.º 12.997/2014 para contemplar alteração da CLT, especificamente acrescentando o § 4º do art. 193 que assim especificou: “São também consideradas e perigosas as atividades de trabalhar em motocicleta.” Ora, “perigosos” já são a grande maioria dos motociclistas do país e, nenhum direito lhes foram acrescidos para desrespeitar as faixas de pedestres. Eis que a partir de junho deste ano eleitoreiro, os dispêndios aumentaram com o pagamento adicional de periculosidade de 30% aos motoboys e mototaxis. É um absurdo, assim pensamos, porque eles são quem se arvoram da violência inconsequente, cortando os veículos e empinando suas máquinas em pleno rush, se apresentado vestidos com bermuda ou calção, camisa manga curta, boné e chinelas japonesas, vestuário mais adequado para um bom passeio nas praias e rios nordestinos. Em contrário, a legislação trabalhista, apenas na teoria, faz exigir os equipamentos indispensáveis para mototaxistas ou motoboy, tais como: capacete, colete, luvas, calças compridas, óculos escuros e tênis ou sapatos, que poucos obedecem.

O Brasil continua sendo a pátria intimidada pelos malabaristas de duas rodas, movidas à gasolina ou álcool, em velocidade máxima, dispostos para matar ou também morrer na interminável guerra do trânsito! A médica, Júlia Greve, da Faculdade de Medicina da USP e do Hospital das Clínicas pontificou: “Acho que não existem acidentes de motos. Existem acidentes em que as motos estão envolvidas. E as motos se envolvem mais porque vemos mais vítimas. Quando dois carros batem, apenas amassam o para-choque, já na moto o para-choque do motociclista é ele mesmo.” Todavia, ouso divergir da doutora, pelo simples fato de, aquele que fogosamente brinca com fogo termina se queimando com marcas visíveis no corpo!

                                                               (*) Advogado e desembargador aposentado