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Blog do Vavá da Luz

  Marcos Pires em : Tem remédio para tantas farmácias?

 

Marcos Pires em : Tem remédio para tantas farmácias?

Mãe Leca me disse que morre de medo de sair de casa ultimamente. É que ao voltar pode encontrar uma farmácia funcionando no endereço.

          Meus saudáveis leitores com certeza já notaram a quantidade excessiva de farmácias que são inauguradas todas as semanas por aqui. Ali onde funcionava um restaurante abriu uma farmácia nova, vizinha a outra farmácia recém-inaugurada, em frente a outra farmácia que começou a funcionar semana passada.

             No meu precioso tempo dedicado ao nadismo (ciência dos que nada fazem), fico imaginando como nós, doentes crônicos, conseguíamos sobreviver antes da proliferação das farmácias. Sim, porque pela quantidade de farmácias que surgiram por aqui nos últimos tempos a nossa população deve ser composta quase que exclusivamente de doentes terminais.

                    E ricos, viu? Um pacote de qualquer coisa custa cem reais na farmácia. Acrescente dois sabonetes e lá se vão mais trinta pilas. Escovas de dentes a 40 reais.

                     E os remédios, então! As farmácias vendem de um tudo; pilhas, loções de bronzear, sucos, agua de coco, shampoo, talco, recarregam celulares…e vendem remédios. O preço é no mínimo interessante. Alguns remédios custam o dobro da metade. Querem testar? O rapaz que está atendendo você vai ao computador e informa teu CPF. Daí a pouco te entrega um papelzinho para apresentação no caixa, que vai te cobrar a metade do preço …que era o dobro.

                O caixa por sua vez tem outras surpresas. Maiores de 60 anos tem desconto. Clientes especiais (basta ter ido lá uma vez que já somos especiais) tem desconto. Profissionais de qualquer espécie tem desconto. E fica aquela máquina registradora somando negativamente numa telinha destacada, para informar quanto economizamos. Quer dizer que além de doentes terminais somos deficientes mentais para acreditar nesses descontos todos?

                   Mas tudo isso ainda é o de menos, porque se o leitor quiser tirar a limpo o fenômeno das farmácias, basta esperar pela evolução desses empreendimentos. Aposto uma viagem à Síria como nos endereços onde hoje funcionam essas farmácias ainda veremos inaugurarem lavanderias.

                   E por falar em farmácias; um abraço para Oswaldo Jurema, tão louco por farmácias que toda noite vai a uma delas perguntar se chegou alguma novidade. Valdo é tão intenso que não acredita em comprimidos brancos. Acha que só os comprimidos coloridos funcionam realmente.

  

Att,

Pires Bezerra Advocacia