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Blog do Vavá da Luz

A INGRATIDÃO DE FILHOS ( Prof. Marcos Bacalháo )

 

“ Ter um filho ingrato é mais doloroso do que a mordida de uma serpente” (Willian Shakespeare)

 

 

         A ingratidão, sob qualquer forma, expressa o verdadeiro sentimento de quem a carrega, produzindo incontrolável mal estar onde se apresenta. 

 

O ingrato é aquele que retribui o bem com o mal, a generosidade com a avareza, a simpatia com a aversão, o acolhimento com a repulsa, a bondade com a soberba. É sempre um atormentado que espalha insatisfação. A ingratidão, além de detestável, mancha a moral dos filhos para com os pais. Ela se eleva a proporções extremas, por ser um alarmante ato de rebeldia contra a criação Divina.

 

O filho ingrato é cruel com o coração dos pais, incrédulo carrasco que não se comove com as doloridas lágrimas maternas, nem com as angústias penosas do sentimento paterno. 

 

Aos filhos, compete amar os pais, mesmo quando negligentes ou socialmente fora de moda, por que é do código Superior da Vida. O impositivo é honrar pai e mãe, sem ter vergonha do seu jeito e de sua aparência, muitas vezes cansada pelas noites mal dormidas e o choro escondido pela ingratidão. 

 

É sempre bom parar, pensar, meditar e ouvir o coração, procurando saber ler o que Deus, com suas letras tortas, escreveu para cada um de nós. Saber compreender é saber lidar com o agora, se preocupar com o momento, dar importância ao tempo presente com toda atenção e amor. Os sonhos e os desejos são realizados com as trocas dos pensamentos, das palavras, dos gestos, das ações que realizamos no agora. Fé, sonhos e desejos, somados à certeza e compreensão de que tudo isso pode ser realizado. Não podemos ter ingratidão em nosso coração.

 

Dificilmente um filho vai mudar sua forma de viver apenas para agradar seus pais. E não seria saudável fazê-lo pois, neste caso, o filho teria argumentos para se queixar de que seus pais estariam interferindo negativamente em sua vida.

 

Para facilitar a convivência com esta dificuldade, convém lembrar que se – como por vezes se afirma – os filhos devem sua vida aos pais, existe uma total impossibilidade desta dívida ser paga. Como se paga uma vida? Com outra?

 

Portanto já que é impagável, melhor considerar que não existe dívida. Afinal, não podemos esquecer que os próprios pais reconhecem que deram para seus filhos tudo o que fizeram por eles; portanto não foi um empréstimo, mas uma doação. E o que foi dado não é devido.