UM HOMENAGEM AO MEU AVÔ, MEU PAI
Posso dizer aqui diante todos vocês e com toda franqueza, que um pedaço de mim morreu. Morreu com a partida do meu avô. Homem forte, valente, como poucos, que não existem mais. Generoso com todos. Foi com ele que aprendi a confiar mais nas pessoas e continuar confiando mesmo quando me decepcionasse, a batalhar pelos meus objetivos e mesmo estando diante dos obstáculos da vida, lutar e não desistir nunca. Creio que este era seu lema, pois lutou até o fim e no momento em que Deus lhe chamou, apenas abriu os olhos, olhou ao seu redor e partiu!
Meu avô, Manoel Travassos da Luz (Nezinho da Luz) exemplo de homem forte, guerreiro, otimista, leal, sincero, amigo, PAI, AVÔ e HOMEM. Tenho orgulho de ter seu sangue em minhas veias e agradeço muito a Deus por ser seu neto.
Jamais esquecerei dos nossos momentos juntos na minha infância, sua poesias, histórias e estórias , e aqui fica o registro do meu amor, respeito, carinho e admiração na certeza de que nos reencontraremos.
HOJE EU DEITO E ESCUTO MEU AVÔ (vavadaluz)
Meu avô, o Sr Manoel Travassos da Luz, conhecido por Seu Nezim Da Luz foi meu Pai duas vezes, Pai e Avô, é ele para mim meu estadista, meu ídolo, um exemplo de homem a ser seguido por isso que meu primeiro filho, botei o nome dos meus avós (Francisco Manoel).
Meu avô ensinou-me três coisas completamente distintas, que só o tempo me faria entender a grandeza daqueles ensinamentos. Ensinou-me a fazer um CABRESTO , a dar um NÓ DE GRAVATA, e quando da semana Santa, domingo de Ramos, a fazer uma CRUZ de palha de coco que era uma verdadeira obra de arte, uma perfeição.
Hoje vejo que o CABRESTO era à época, essencial aquele aprendizado, pois filho/neto de fazendeiro seria inconcebível chegar a administrar uma propriedade sem aquele conhecimento, O NÓ de GRAVATA era para que se um dia eu viesse a ter alguma representatividade, alguma liderança, ou mesmo um trabalho, não ficasse a mercê de ninguém para a realização de uma coisa tão simples. e finalmente a CRUZ para que eu soubesse que a fé em DEUS é elemento essencial para que se tenha uma vida de PAZ e AMOR.
Moral da história : Precisei, para sobreviver, fazer uso de todos os três ensinamentos ao pé da letra.
HOJE DEITO E ESCUTO MEU AVÔ
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Hoje eu deito e escuto meu avô
A dizer-me bem sério, a meditar:
SÓ O TEMPO É QUEM ENSINA, MEU SINHÔ
E eu tão novo não quis acreditar
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Se escutasse o que vovô dizia
No café no almoço e no jantar
Com certeza eu menos sofreria
Se hoje sofro, não posso reclamar.
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Mas como é que eu iria imaginar
Que um homem sem saber nem soletrar
Pudesse de alguém ser professor?
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Hoje vejo quão grande seu saber
Onde esteja vovô, me ouça dizer:
SÓ O TEMPO É QUEM ENSINA, MEU SINHÔ !
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vavadaluz