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Blog do Vavá da Luz

ELEIÇÕES DE OUTUBRO, SEM VERBAS (MARCOS SOUTO MAIOR)

 

            marcos    Estamos em meio do mês de maio, das flores, de Maria, mas as eleições municipais de 2016 são as mais caprichadas, porque são muitos candidatos a prefeitos e vereadores em cada município, exigindo verbas públicas federais e estaduais. O atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli termina seu mandado neste mês e, em seu lugar, assumi o ministro Gilmar Mendes, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral e, a vice presidência passará as mãos de Luiz Fux, ambos ainda não empossados. Não obstante, a imprensa vem noticiando suas impressões, no país e no exterior, chegando a dizer, que a situação é muito grave, por conta dos poucos recursos para manter com tranquilidade nas eleições de outubro. Tudo fica a depender do minguado Orçamento do Congresso Nacional, que cortou trinta e cinco por cento, ou seja, um corte na monta de R$ 256,6 milhões do total de R$ 750 milhões previstos, que bem poderia ter sido mantido ab initio evitando o risco de uma eleição de grande porte. Chega aos ouvidos do povo, que o famoso fundo partidário foi triplicado para chegar suavemente em cerca de R$ 800 milhões. 

                Às Urnas Eletrônicas, sistema eletrônico que vai completar vinte anos de trabalho eleitoral em outubro deste ano, acolhendo algo em torno de 142 milhões de eleitores que vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, nos respectivos redutos. O TSE evoluiu ao aprimorar a tecnologia, com rapidez e automação, impondo ao povo, manter a transparência e, principalmente, a segurança do sistema eletrônico na votação e apuração, com padrão único, características e peculiaridades. O receio inicial trouxe mais tranquilidade a todos e ao Tribunal Superior Eleitoral, fazendo com que mais de 55 países visitassem o meu querido Brasil para conhecer o sistema eletrônico de votação nacional, o qual vem prestando consultoria satisfatória.

                Para completar o desmantelo do momento, o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) é um prato feito para quem gosta de política, quando o tempo vai esvaindo para encostar na parede da incerteza! Peço vênias ao grande jornalista Luís Nassif, quando tomo de empréstimo pequeno texto sobre a situação do país desgovernado, disse: “Crítico ferrenho do governo petista, Gilmar já deu siais de que, por ele, a ação de cassação de mandato eletivo contra Dilma tramitaria na velocidade da luz, e a reboque da Operação Lava Jato. O ministro deu o primeiro voto admitindo a denúncia do PSDB e indicou que os dados colhidos na operação da Petrobras poderiam ajudar a desvendar os possíveis crimes eleitorais.”

                Dar para sentir muito bem que a população brasileira encontra-se em um certo estado de apreensão, entretanto, não mais indo para batalhas eleitorais imprestáveis para a bondade segura dos bons. Achei num lindo texto do poeta francês, Paul Verlaine, verbis: “A vida humilde, cheia de trabalhos fáceis e aborrecidos, é uma obra de eleição que exige muito mais!                                  

 

(*) Advogado e desembargador aposentado

  > Publicado nos jornais: Correio da Paraíba, Correio de Sergipe e, site do Informe PB e Blog do Vava da Luz>