“E eu só queria ser eu.
Depois de cair e levantar muito, encontrei em mim a minha essência, e foi depois de tantas idas e vindas que descobri o meu próprio eu, esse que é eu mesmo sem poder esconder nem mascarar mais. Era a hora de me encarar comigo, na verdade, de mim e da presença do meu eu. Fiz questão de não me esconder de nada, de não fugir de mim, de olhar de frente. Era eu e eu. Na verdade, maior eu estava diante do meu eu, e eu tinha um momento ímpar para não fugir de mim, revelar ao meu próprio eu minhas fraquezas e minhas fortalezas. Era hora de ver quem era o Júnior, aquele que chora e ri, celebra e muitas vezes teme, o que sente orgulho e treme diante dos dias, o que ousa mas pondera, o que avança e recua, o que ama e odeia, o que tem na fé sua crença validada, o que acredita em Deus e por isso não se entrega. Não teme a insanidade dos dias ruins, pois a perseverança nos dias bons faz o alvorecer em Deus.
Eita, como é necessário ouvir o universo do bem, como é grande ser bom, ver o olho do ser humano, escutar até o inaudível aos ouvidos e sensível à alma. Valeu, “minha alma”, anjo que me guia, companheiro de meus eus, de meus erros e de meus dias. Saber que tenho em ti a fortaleza de meus dias. Sou eu, eu, a fortaleza que me ergue, a consciência que me move, a certeza que me guia. Sou eu o ser que me eleva, a natureza das minhas horas, o destino da minha valentia.
Sou eu, eu dos meus dias.”
De um dia de domingo
13/07/2025
Carlos M Dunga Jr