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E assim se passaram 30 anos (Carlos Dunga Jr)

 

Quando a jornada faz parte do processo de maturidade e crescimento, só podemos ser verdadeiramente maiores se acertarmos, errarmos, cairmos e levantarmos, para poder contarmos a nossa própria história, honrarmos, e deixarmos o legado.
Foi assim que há trinta anos eu participei de uma reunião onde o tema era Alcantil, um distrito que ia passar a cidade, que tem um povo muito trabalhador, uma lasanha de galinha de capoeira sem igual, e umas sobremesas, como delícia de abacaxi, de sabor inesquecível. Gente inteligente, de bons papos – uns goles tomados com muita gente inteligente, que transforma sonhos em realidade, e diz SIM.
Era o melhor caminho, régua e compasso para um jovem idealista: identificar o meio do caminho, no caminho do desenvolvimento, em busca da água de um Boqueirão. Ampliar os estudos de um povo, na estadualização da sua escola, sempre nos passos de professor Carlos. Ainda haver conversado com Atanásia, S. Josafá, D, D. Mídia, D. Alice e D. Auta, Ademar Farias, Penha Castro, Zé Costa e Jardel Marques, escutando Jacó, e nas ondas do rádio com Carlinhos – tudo é e foi sempre aprendizado.
Cadê Aldo Figueroa, Corrinha, Arlete, Raquel, Rosa de Bone, Cristina, Conceição, Jussara, Aninha de Zé Jânio, Preta e Mazé, Lula, Roberto, Ana Ires, Vera gata, Kelinha, Caboquinho, Bianca e a Banda Filhos da Terra, Gorete e Erasmo? Chega logo Cilene, Bruna, Tida de Zé Costa, Vera de Roberto, Eliane, Nem, Vanusa, Beta e Robson, Mofado, Dui Secerina e Véi, e Samuel… É Alcantil na veia! Sem deixar de registrar o sim de Bosquinho, Zé Sílvio, S. Neco e Boné.
Foi passo a passo… era o mundo real que se propunha, na fé de D. Nena, D. Bilia, D. Auta. Nas procissões de um povo cuja meta era o sim da Liberdade.
Vão 8 anos da juventude e ousadia, sem nunca deixar de ver o trajeto. Várias estações, secas e farturas, sem nunca perder o brilho dos olhos. A lágrima caía, mas alimentava o coração para novas etapas dessa vida.
Chega o hoje, 30 anos se passaram, e eu sobrevivi… sobrevivemos. Entre o SIM e as durezas do Não, segue a direção do vento Norte, na beleza de sua serra, Alcantil. Cícero conduz os tempos bons, onde a juventude novamente encoraja o povo forte.
Tudo foi e será definido no caminhar do agora. Seguirei meu galope, de braços fortes, nas rédeas de uma vida. Essa escolhida é trilhada por mim. Cantei, chorei e festejei… e festejo em dias de hoje o fruto de um Sim que daqui há mais 30 anos seremos eternamente SIM.

De um dia de domingo 07/04/24
Carlos Dunga Jr