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Blog do Vavá da Luz

DESPEDIDA E TRISTEZA (Prof. Marcos Bacalháo)

marcos baclhao

“ Muitos dizem para não ficarmos tristes com as despedidas, mas ninguém consegue calcular os estragos da saudade!”

 

           

 

Realmente, nunca gostei de despedidas, sempre preferi me despedir casualmente das pessoas sem o clima clichê de “despedida”. Ficamos sentimentais demais – ao menos eu fico a pensar que algo pode acontecer até o próximo encontro.

           

Talvez seja por isso, que sempre me despeço olhando nos olhos e dizendo “ se cuida”. Mas, muitos não entendem o que quero dizer som um mísero “se cuida”, no qual, n fundo significa “fica bem e nos vemos em breve te amo”.

           

Olho nos olhos, porque é o jeito mais puro, delicado e sincero de se demonstrar qualquer sentimento. Não sou a favor do clima clichê de despedida, aquele choro no ar, parecendo que vai levar uma eternidade para nos reencontrarmos quando na verdade o tempo vai passar tão rápido que nem vamos nos dar conta de que já chegou o grande dia.

           

O dia de nos vermos de novo, ter aquele abraço único e impagável, aquela companhia ímpar de volta, os comentários mais inéditos… a pessoa pela qual  choramos e sofremos no dia da despedida já cumpriu com seus deveres e voltou para casa.

           

Talvez não goste de despedidas porque já tenha perdido pessoas especiais demais sem ter tido a oportunidade de saberem o quanto  significavam –  e significam – ou talvez não goste por medo de perder quem tanto amo.

           

Por isso tento me despedir sem briga, sempre olhando nos olhos para ter essa lembrança na memória e dizer “se cuida” porque apesar de tudo, te amo!!!!

           

Ficar triste é algo ruim sim, claro, ninguém fica triste por livre e espontânea vontade, eu acho. Mas às vezes uma coisa acaba compensando a outra… Digo que é quando a gente está triste que se percebe com quem realmente a gente pode contar, quem vai fazer de tudo ou quem não vai fazer nada para nos  ver melhor, ou para pelo menos tentar nos ver melhor.

           

Por isso, acho que talvez  valeria a pena ficar triste por um abraço sim, e pode dizer e achar que um abraço não é nada, mas par mim um abraço seria o suficiente.

 

                                                           Ingá, julho de 2014