Desde os tempos do uso da razão, lia e relia o livro didático, História Sagrada, me preocupando muito, as guerras santas dos árabes com seus cavalos de raça especial, espadas desembainhadas e escudos metálicos. Entretanto, nunca consegui entender, com tanto espaço no mundo, o porquê da conquista dos derrames sanguentos ao povo cristão, quando Maomé, depois de ameaçado de morte por opositores, migrou para Medina em 622 desenvolvendo o expansionismo conquistando a Palestina, Armênia, Mesopotâmia e Egito, formando um gigantesco e rico império. Desde então, os árabes se tornaram soldados de Alá. Verdadeiro recurso extremista para manter historicamente, protegendo o que forem consideráveis ameaças aos seus dogmas e lugares sagrados.
Passada a segunda e mortal guerra mundial, os norte-americanos e europeus se especializaram na venda aberta de armas mortíferas, num fechado comércio mundial em permanente crescimento de lucros fáceis! Tornou-se aberto, sem qualquer obstáculos e impedimentos, situar conflitos determinados e, fora de seus espaços geográficos, a exemplo da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio, os quais sendo alvos certeiros aonde os grandes desejarem atingir, sem medo nenhum. Agora mesmo, o mundo moderno tenta remediar esse povo sofrido que ousou ultrapassar, através do mar Mediterrâneo e das areias dos desertos, em busca do mínimo para suportarem viver em terra, com a comida modesta e um teto para se agasalhar. Foram usando ou invadindo barcos de pequenos calados, que seguiram para enfrentar de braços aberto, em contraste com a surpresa do enfrentamento, das montanhas de arames farpados cortantes, dos tiros de borracha, do spray de pimenta e outros que machucam, ferem e outros até mortem… Segundo a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, recentemente foram mais de trezentos mil migrantes à Europa chegando pelas serenas águas mediterrâneas e, atualmente o fluxo chegam aos três mil pessoas por dia.
As televisões de todo mundo, nos faz derramar lágrimas de tristeza, em todo instante, anunciaram crianças e velhos, abandonadas nas areias do deserto ou na beira mar da imprudência de todos os povos. Nosso Brasil, apenas fora solicitado pelo Centro de Busca e Salvamento Marítimo, através da sua coverta Barroso navegava próximo à Sicília, na Itália e salvou duzentos e vinte imigrantes e, nada mais foi feito em colaboração, tudo porque, esbanjaram bilhões de dólares, para orgulho pessoal de Lula e Dilma, nos desvios de verbas públicas para América Latina, quando brasileiros precisam muito mais.
Também temos, sim, o verdadeiro e conhecido calvário dos nordestinos brasileiros, se parecendo também com uma espécie grave de crucificação, desenvolvida numa encruzilhada sem retorno, chegando novamente, sem a menor esperança de alcançar a água indispensável, a fim de simplesmente beber, para matar a sede diária. E numa improvisada boca de fogo forrada de pedaços de madeiras o fósforo acende e, o precioso líquido se envolve dentro de um pedaço de jabá, uma cuia de farinha e um pacotinho de feijão, tudo entrando dentro da caçarola velha amassada aumentar o de comida. Em volta à flagrante mendicância hodierna, nós também choramos copiosamente, quando as lágrimas da terra esturricada racha deixando o rastro. Temos um governo federal rico, sem noção do que é preciso para o povo, todavia não distribui sequer, água e comida simples para os sertanejos do Brasil, já sendo previsto para este ano de 2015, que será de muito pouco ou quase nada de chuvas. Finalmente, para entender, tenho que recorrer ao teólogo e humanista Erasmo: ‘A pior das loucuras é, sem dúvidas, pretender ser sensato num mundo de doidos’
(*) Advogado e desembargador aposentado