Dia 17 de abril de 2016, chuvoso em todo o nordeste brasileiro, poderia também ter sido um domingo qualquer, no sul e centro-oeste, com futebol forte, praias com sol, passeios náuticos, católicos indo à missa, protestantes à cultos com a bíblia nas mãos e, a maioria arranjam em casa mesmo, para almoçar com esmerados temperos das mães e sogras, bebendo os líquidos simples, indo desde: suco, guaraná, água de coco, cerveja, aguardente, caipirinha, uísque e, até os vinhos tinto ou branco, atualmente aconchegantes também no bom preço das adegas brasileiras, chilenas e argentinas, de fácil escolher em lojas especializadas dos shoppings ou na simplicidade dos supermercados. Pois bem, a nossa tradicional domingueira foi sempre uma experiência interessante e sadia, para cada semana que passava chegando a imaginar, que esse “Dia D” ocorrente, estava longe de chegar na penúltima deste abril, que alguns chamam do mês da mentira!
A população até mexia pouco em seus locais escolhidos, numa tranquilidade serena de fazer gosto… Contudo, a partir das doze horas, os pratos são levados às mesas sagradas do almoço brasileiro e o baticum dos talheres logo, familiares e vizinhos, nas redes de televisão do país, os programas de praxe, trocaram os programas dominicais por locutores falando compassadamente, se pareciam com os jornais televisivos. Aos poucos, todos se reperguntavam algo cerca da conturbada política verde e amarela e, já na sobremesa das casas, apartamentos e até veículos em andamento pelos ruas, o relógio marcava eram 13:30 horas quando todas redes televisivas e rádios AM e FM, badalavam algo diferença nunca visto. Eis que a sessão da Câmara dos Deputados chamava atenção, quanto pelo comandante/presidente Eduardo Cunha, tanto pelos 13 anos de desvios e seguidos escândalos do desgoverno petistas, envolvendo a dupla Lula & Dilma.
Somente, por volta das 16:00 horas, deputados federais, de ambas correntes partidárias, aglomeravam a mesa do Presidente da Câmara, com trocas de empurrões, cusparadas, tapas e gritos, rasgaram cartazes onde estava, o Deputado Jovair Arantes (PTB), com visível dificuldade de abrir os trabalhos, com seu discurso de abertura. Exatamente as 17:45 horas, começou a votação do impeachment da presidenta, Dilma Rousseff, sendo derrubada por 367 votos na Câmara dos Deputados, ou seja, 25 a mais do que precisava para concluir à festa alegre dos brasileiros. Alguns petistas, não paravam de gritar que ‘não vai dar em nada’, e só foi o que deu na rodada política de votação.
Com sangue carnavalesco, grande de número de deputados, se aglomeravam na espera de chegar de frente dos holofotes e, muita pouse perante as lentes amplas das câmeras, para tornando-se praxe na apresentação das cidades locais e familiares dos deputados, com nomes dos avós, pais, mães, filhos, filhas, netos, netas, tios, tias, primas. Outros marcaram nas TVs, a exemplo do presidente, Eduardo Cunha se esmerando em cunhar sua “Que Deus tenha misericórdia desta nação. Eu voto SIM”. Ficamos na certeza de que petista, nunca mais pousa no Brasil, acomodando as famosas pedaladas da presidenta Dilma, que não se enquadram nas bicicletas pacíficas das ruas do Planalto, onde o povo brasiliense representam, com alegria, uma nação de futuro e sem medo de ser feliz.
William Shakespeare, o máximo de escritor, poeta e dramaturgo no mundo, nos diz: “Nada faz tão feliz quanto possuir um coração que não se esquece de seus amigos.”
(*) Advogado e desembargador aposentado
> Publicado no Correio de Sergipe, Tribuna de Alagoas e InformePB <