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A primeira colheita de um cozinhado de feijão verde no roçado neste ano… (Dunga Jr)

 

Só quem sabe o que traz consigo a primeira colheita do roçado no ano, pode fazer uma análise profunda de todo o processo, desde a preparação da terra até este momento da colheita.
Dentro de todo esse processo, destaco alguns momentos vivenciados por mim.
A primeira chuva me remete à esperança de um inverno bom. Levo adiante a expectativa de um ano produtivo.
Sentir o cheiro da terra molhada, o trovão estourado, leva-me a, de imediato, separar a melhor área para o plantio e preparar o solo.
Essa etapa é o momento em que se escolhe e se planeja a colheita que está por vir.
É o sonho bom… É o carinho do tratar, que vai traduzir o tamanho do feito: é nessa hora que o suor derramado valerá em recompensa no amanhã colhido.
Germinar, brotar do chão a planta, observar o crescimento, acompanhar o desenvolvimento do todo, para que as pragas não interrompam o crescer.
Esperar a próxima chuva, contemplar os dias, ver o crescimento e o florescimento das flores, que se tornaram frutos – tudo isso é a contemplação do universo em bem e luz.
Chega a hora de ver a roça cheia de frutos, para a colheita, e, nesse caso, é feijão.
Esperar a hora certa, colher e encantar-se com o resultado da frutificação: fortalecimento do eu em função do meu propósito.
Contemplar, celebrar a colhida do fruto bom.
Gratidão a meu Deus. Dividir com quem também ama a natureza das coisas.
Celebrar, pois isso é vida.
Seja bendito o fruto colhido, compartilhado e agradecido.
No próximo inverno estarei pronto para admirar a beleza da vida, que sempre nos traduz a grandeza das atitudes.
Viva a colheita.

De um dia de domingo
16/06/24
Carlos M Dunga Jr