A magia da gorjeta
Marcos Pires
Na Argentina os hermanos chamam gorjeta de propina. No Brasil os políticos chamam propina de “faz-me rir”. Essa bobagem toda para tratar de um assunto que foi objeto de estudo pela respeitadíssima Lies University.
Tratando da gorjeta, os pesquisadores estabeleceram algumas balizas interessantes. A primeira delas é a de que quando uma mesa num restaurante ou boate é ocupada por várias pessoas e cada uma pagará sua parte, em 86.5% dos casos eles deixam de receber a gorjeta simplesmente porque cada um pensa que algum outro conviva já mimoseou os garçons.
O estudo também descobriu que a gorjeta não é obrigatória em alguns dos países mais desenvolvidos ao redor do mundo. Chega-se a confundir a gorjeta com os impostos que são calculados sobre o consumo ou mesmo com o coperto, mas isso tudo vocês podem encontrar no google, pois não?
Aqui eu vou tratar do que aprendi sobre o assunto, porque como moro só, faço todas as minhas refeições “no meio da rua”.
De início devo dizer que algumas das melhores conversas que tenho são com garçons e motoristas de taxi. Sabem de tudo, de tudo mesmo. Desde as prosaicas indicações de itens do cardápio às fofocas da política e da sociedade. A ambos sempre dei boas gorjetas e em troca tenho histórias que se reveladas me condenariam a uns 500 anos de cadeia e alguns tiros de maridos traídos.
Portanto vou me limitar a dizer que os garçons da Paraíba temem as mesas onde só sentam mulheres. Dizem que ao contrário de mesas de casais ou somente frequentadas por homens, as mulheres conferem as contas em seus mínimos detalhes, chegando mesmo a questionar se a garrafa de água mineral era de 300 ou 500 mililitros. Quanto às gorjetas, são raras e por isso mesmo supreendentemente bem vindas. Um detalhe necessário; a gorjeta de 10% dada ao garçom é “de leis”. O que anima mesmo é aquele percentual que excede os 10%.
Os “da bandeja” são sempre ótimos em recomendar alguns pratos fora do cardápio e principalmente sugerirem alterações que tornam um prato listado no cardápio muito melhor. Um exemplo simples; geralmente um frango desossado é servido com arroz e batata ou purê. Os amigos garçons me ensinaram que trocar os acompanhamentos por uma farofa de ovos bem molhada na manteiga não tem preço. Aliás, tem sim, está embutido na gorjeta.
Minha admiração aos garçons me leva a comparar esses profissionais ao Papai Noel. Tudo que você pede eles trazem, com a vantagem de não termos de nos comportar bem para merecer o presente.
Viva os garçons!
Tratando da gorjeta, os pesquisadores estabeleceram algumas balizas interessantes. A primeira delas é a de que quando uma mesa num restaurante ou boate é ocupada por várias pessoas e cada uma pagará sua parte, em 86.5% dos casos eles deixam de receber a gorjeta simplesmente porque cada um pensa que algum outro conviva já mimoseou os garçons.
O estudo também descobriu que a gorjeta não é obrigatória em alguns dos países mais desenvolvidos ao redor do mundo. Chega-se a confundir a gorjeta com os impostos que são calculados sobre o consumo ou mesmo com o coperto, mas isso tudo vocês podem encontrar no google, pois não?
Aqui eu vou tratar do que aprendi sobre o assunto, porque como moro só, faço todas as minhas refeições “no meio da rua”.
De início devo dizer que algumas das melhores conversas que tenho são com garçons e motoristas de taxi. Sabem de tudo, de tudo mesmo. Desde as prosaicas indicações de itens do cardápio às fofocas da política e da sociedade. A ambos sempre dei boas gorjetas e em troca tenho histórias que se reveladas me condenariam a uns 500 anos de cadeia e alguns tiros de maridos traídos.
Portanto vou me limitar a dizer que os garçons da Paraíba temem as mesas onde só sentam mulheres. Dizem que ao contrário de mesas de casais ou somente frequentadas por homens, as mulheres conferem as contas em seus mínimos detalhes, chegando mesmo a questionar se a garrafa de água mineral era de 300 ou 500 mililitros. Quanto às gorjetas, são raras e por isso mesmo supreendentemente bem vindas. Um detalhe necessário; a gorjeta de 10% dada ao garçom é “de leis”. O que anima mesmo é aquele percentual que excede os 10%.
Os “da bandeja” são sempre ótimos em recomendar alguns pratos fora do cardápio e principalmente sugerirem alterações que tornam um prato listado no cardápio muito melhor. Um exemplo simples; geralmente um frango desossado é servido com arroz e batata ou purê. Os amigos garçons me ensinaram que trocar os acompanhamentos por uma farofa de ovos bem molhada na manteiga não tem preço. Aliás, tem sim, está embutido na gorjeta.
Minha admiração aos garçons me leva a comparar esses profissionais ao Papai Noel. Tudo que você pede eles trazem, com a vantagem de não termos de nos comportar bem para merecer o presente.
Viva os garçons!