“Ninguém doma um coração de poeta”
(Augusto dos Anjos)
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no dia 20 de abril de 1884, no Engenho Pau D’Arco, município de Cruz do Espírito Santo, Paraíba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e D. Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, recebeu do pai as primeiras letras e instrução colegial. !Saudade” é o título do seu primeiro poema publicado, no Almanaque do Estado da Paraíba em 1900. Tornou-se colaborador assíduo de jornais da Paraíba e do Recife e se inscreveu na Faculdade de Direito.
Em 1905, perdeu seu pai e Augusto lhe dedicou três sonetos que foram: A meu pai doente, A meu pai morto e Ao sétimo dia do seu falecimento. Em 1908, retorna a Capital da Paraíba. Dá aulas particulares e colabora com o jornal da festa das Neves.Neste mesmo ano, é nomeado professor do Liceu Paraibano. Em 1909, começa a colaborar com A UNIÃO, onde publica poemas como Budismo Moderno, Mistérios de um Fósforo e Noite de um Visionário.
Em 06 de julho de 1912, termina a impressão do EU, custeada por ele e por seu irmão, Odilon. Em 1913, no dia 12 de junho nasce Guilherme Augusto, filho do poeta. Nomeado diretor do Grupo Escolar de Leopoldina, transfere-se para aquela cidade no dia 22 de julho de 1914. Morre na cidade mineira no dia 12 de novembro de 1914, vítima de pneumonia. Mesmo depois de sua morte, Augusto dos Anjos foi vítima de várias injustiças e de vários equívocos.
Augusto dos Anjos era sempre uma pessoa triste, melancólica, amante da morte e que desprezava o amor. Ora, nem o mais pessimista dos mortais seria assim. Ele não era apenas um ser triste pela própria natureza, A vida talvez o tenha transformado num homem amargo, excessivamente reticente quanto ao destino da humanidade.. Augusto preferia reproduzir em suas poesias a angústia do homem comum. Mesmo utilizando termos científicos e o vocabulário empolado da época, não deixava de reproduzir os dissabores do homem comum,
A poesia do paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914) constitui um caso único na Literatura Brasileira. Em o EU, o vocabulário científico, sobretudo o da biologia, é usado para falar da “ dimensão cósmica” di “EU” e de sua angústia moral. Tal angústia decorre da percepção de que a morte governa a vida, em cujo andaime trabalha o verme, “operário das ruínas”. A vida traz dor e morte – daí as imagens grotescas e o desespero radical dessa poesia que só encontra consolo na superioridade da arte. Tenho dito!!!