Casal conta o que fez na cápsula privê que deputada quer proibir no carnaval
Lá, será possível fazer tudo, mas em 10 minutos

Roberta Borges e Clovis Chastnt foram o primeiro casal a estrear a cápsula privê, suspensa a 15 metros do chão no Camarote Salvador, e que a presidente da Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia, deputada Fabíola Mansur (PSB), chamou de “motel voador”.
Eles contaram que o que fizeram lá dentro “foi segredo, no máximo algumas piculas no céu”. Além disso, garantiram, só admiraram a paisagem das alturas, com a garantia de várias ‘selfies’.
Roberta Borges e Clovis Chastnt felizes com as “piculas” – Foto: Leticia Rocha/iG Bahia
A cápsula conta com uma infraestrutura privativa, frigobar, ar condicionado, televisão, banheiro e sofá, mesa e cadeiras. Lá, será possível fazer tudo, mas em 10 minutos. Esse é o tempo que cada casal terá dentro da cápsula.
“Nosso intuito é apresentar a experiência que a Durex pode proporcionar para os casais no Carnaval”, disse Eduardo Margalhães, gerente de marketing.
A cápsula foi exibida pela primeira vez na região Nordeste e causou alvoroço na imprensa referente ao objetivo da ação, que ficou conhecida como “Cápsula privê”. A assessoria da Durex nega, e explica que a ação garante aos foliões uma vista panorâmica da festa no camarote.
Clovis, que curtiu os primeiros momentos no espaço flutuante garantiu: “A repercussão dessa iniciativa na publicidade foi grande pela curiosidade que ela causa ao público.” E a sua esposa confessou, “10 minutos é pouco tempo demais. Quero de novo!”.
A cápsula, no alto – Foto: Laís Oliveira/iG Bahia
Mas se depender da deputada Fabíola Mansur, a diversão vai durar pouco. “Um quarto de motel suspenso no céu de Salvador, em meio ao nosso Carnaval, é uma imagem surreal. Acontece que toda essa criatividade termina por colaborar com o uso da imagem do Carnaval da Bahia como ambiente de turismo sexual. Neste caso, mais uma vez é a imagem da mulher que fica desvalorizada”, argumenta a deputada.
A Comissão da Mulher exige que a organização do Carnaval proceda a imediata retirada do equipamento, “sob o risco de consideramos que há cumplicidade na promoção de uma estratégia de marketing que subvaloriza a mulher e submete nosso Município ao constrangimento público de partilhar, com seu silêncio, de um empreendimento sem qualquer conteúdo educativo, por isso mesmo condenável”.
Fabíola Mansur afirmou, ainda, ser necessária uma manifestação pública das secretarias municipais de Turismo e de Defesa da Mulher, vez que certamente dependeu de autorização da Prefeitura a instalação do equipamento.