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PROFESSOR MARCOS BACALHAO FALA SOBRE JANSEN FILHO, O POETA DO BRASIL

                        JANSEN  FILHO

                                     O   POETA   DO   BRASIL

 

            O escritor Plinio Salgado em sua crítica literária disse o seguinte: A poesia de Jansen Filho é pintura, é música, é eloquência. Pintura pela riqueza de imagens e coloridos. Música pelo ritmo embalador de seus versos. Eloquência pelo poder verbal, pelo uso de metáforas e jogo de palavras com que versa os variados assuntos de sua inspiração.

            Mas a força maior do estro do jovem poeta paraibano provém de sua brasilidade. Essa brasilidade lhe confere aquela prerrogativa de universalidade que decorre do particularismo das emoções intensas, apenas possíveis quando o artista vibra diretamente ligado ao seu próprio meio, sob o império das sensações e impressões, em face da natureza exterior e das condições específicas do seu mundo interior.

            Jansen Filho nasceu poeta e sua missão é dizer tudo aquilo que os homens sentem mas não sabem exprimir….. Permita-me Deus que cada brasileiro leia os teus versos e, lendo-os, sinta dentro de seu coração o ressurgir glorioso da Nacionalidade, tão viva na poesia, exclamando com ternura esta palavra que precisamos repetir mil vezes, se queremos sobreviver como Povo altivo e nobre: Brasil! Brasil! Brasil!!!
                                   GRANDE  INFERNO

                                               Jansen Filho

                        É melhor esquecer nosso passado,

                        Espantar da memória essas lembranças,

                        Porque o nosso romance foi jogado

                        De encontro à cinza das desesperanças…

 

                        Por que tantos insultos e vinganças?

                        Tanto gesto indiscreto e malfadado?

                        Se a ave sublime das carícias mansas

                        Desistiu de cantar ao nosso lado?!

 

                        Ponhamos uma pedra sobre tudo,

                        Enquanto sobre nós, se espraia, eterno,

                        O manto negro do silêncio mudo!

 

                        E que Deus me conserve sempre assim;

                        Longe do fogo deste grande inferno

                        Que você acendeu dentro de mim!