Ivete, sou eu… Aqui me tens, bem perto
De ti, fiel ao doce amor antigo,
Casto, eflúvio do céu que anda comigo,
Única luz no meu destino incerto.
Aqui me tens, em pranto, a sós contigo,
Lembrando o nosso lar, hoje deserto…
Lar feliz, sonho bom de que desperto
Para cobrir de rosas teu jazigo…
Junto da tua humilde sepultura,
Ajoelho-me, sentindo que na altura,
Sob os olhos de Deus, leve revoas…
Tua imagem, piedosa, me aparece…
Moves os lábios numa eterna prece
E me estendes as mãos e me perdoas…
Ingá, 31 de maio de 2015