O GRANDE, O inigualável AUGUSTO DOS ANJOS, disse certa vez :, Doutor ! toma uma tesoura e rasga a minha singularíssima pessoa, que importa a mim que a bicharia roa todo meu coração depois da morte ?.
AFLIÇÃO E ALIVIO me apareceu quando senti-me sendo rasgado, com a barriga aberta, em cima de uma mesa de operação para arrancar um tumor maligno que em poucos dias me levaria à morte.
Lembrei-me, naquele momento difícil de muitas coisas. Fiz uma comunicação mediúnica com meu guia, que com a mesma bondade e sabedoria de sempre, assistiu ao quase meu formidável enterro.
E quando pude ver nas luvas do médico, do Dr Marcelo Figueiredo e seus assistentes, o meu sangue, aquela equipe lutando para me trazer a vida com saúde, eu como que evocando AUGUSTO disse :
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Arranca doutor, rasga de mim este tumor maldito
Corte recorte, o faça em mil destroços
Não vai ser impassível que lhe assisto
Comer-me a carne e apodrecer-me os ossos
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Evita doutor, que o cancro insaciável
Corroa o meu corpo ainda forte
E não veja em mim mesmo a deplorável
Luta agônica da vida contra a morte
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Enfim, o neoplasma é extirpado,
É lixo hospitalar putrificado
Macabro escombro de infeliz tumor
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A morte, já de longe, me olha aflita
Escuto bem quando ela ainda grita
Viva DEUS a CIENCIA e o DOUTOR.