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Blog do Vavá da Luz

Recordando 5 esportivos nacionais que deixaram saudades

Lista inclui apenas modelos produzidos em série no Brasil até os dias atuais

Os bons tempos de esportivos fabricados no Brasil se foram. Hoje em dia apenas a Renault tem o Sandero RS, a Peugeot resolveu contra-atacar com o 208 GT e a Volkswagen entrou no pareo de maneira mais discreta com o Speed Up!. Mas entre os anos 70 e o início da década passada apareceram alguns modelos que se tornaram clássicos e seus nomes foram pronunciados de uma geração para outra, entre os que curtem carros bem temperados.

Na lista abaixo, reunimos apenas os carros esportivos feitos em série que fazem parte do grupo dos mais notáveis. Dos cinco carros, três foram lançados nos anos 70 um no final dos 80 e outro há um pouco menos de 10 anos. Confira em seguida quais são os selecionados e veja o breve histórico de cada um para relembrar os detalhes que ficaram marcados na memória dos que puderam assumir o volante de alguns deles

 1 – Ford Maverick GT

Ford Maverick GT
Divulgação

Ford Maverick GT

Lançado no Brasil em 20 de junho de 1973, no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o Maverick custou para ter a sua relevância reconhecida no Brasil. No caso da versão esportiva GT, o que atrapalhou foi o alto preço do carro que tinha boa parte dos componentes importados, inclusive o motor V8 5.0 de 197 cv, potência para acelerar de 0 a 100 km/h em 11 segundos e atingir 180 km/h, de acordo com os números da fabricante.

Hoje em dia, o Maverick GT se tornou um dos clássicos mais valorizados do Brasil. Um exemplar bem conservado supera fácil os R$ 100 mil. Mas precisa ter todos os detalhes perfeitos, como as duas entradas de ar no capô, faixas na pintura, rodas cromadas com sobrearo e faróis embutidos na grade dianteira. Por dentro, há volante de três raios e um pequeno contagiros bem no centro do painel de instrumentos.

2 – Chevrolet Opala SS

Chevrolet Opala SS
Divulgação

Chevrolet Opala SS

O lançamento do Opala SS, em 1971, marcou também a chegada do famoso motor 250 da GM ao Brasil, o 4.1 litros, de seis cilindros, que foi usado primeiro no Opala, mas que recebeu uma série de mudanças da Lotus e chegou a ser usado do Omega entre 1995 e 1998. O SS tinha itens exclusivos, como volante de três raios, câmbio manual de quatro marchas no assoalho, rodas esportivas e pintura com faixas decorativas e contagiros no painel.

No início das vendas até 1974, o Opala SS vinha apenas com quatro portas. Em 1976 veio o SS com motor 250S com tuchos mecânicos e taxa de compressão elevada e 171 cv, capaz de atingir 190 km/h, o que foi suficiente para se tornar o carro mais veloz do Brasil na época. Mas também fizeram o SS com quatro cilindros, com 2.5 litros de cilindrada e 98 cv, alimentado por carburador duplo Webber 446, configuração que foi oferecida até 1980.

3 – Dodge Charger R/T

Dodge Charger R/T
Divulgação

Dodge Charger R/T

O cupê entrou para o clube dos três notáveis cupês esportivos fabricados no Brasil a partir do final de 1970 como modelo 1971. Na verdade era um Dart com alguns itens adaptados para o mercado brasileiro e o glorioso motor V8 318, com 5.2 litros de cilindrada e 215 cv brutos (algo em torno de 170 cv líquidos), que funcionava com câmbio manual de quatro marchas e tração traseira. Foi o primeiro carro nacional com rodas de liga de magnésio.

Como não poderia deixar de ser a pintura vinha com faixas decorativas entre outros detalhes como as venezianas nas janelas laterais traseiras, nas últimas unidades do R/T de 1979 e 1980. Assim com o Maverick, também era muito caro na época e teve poucas unidades vendidas. Atualmente um modelo em perfeito estado não sai por menos de R$ 90 mil.

 4 – Volkswagen Gol GTI

Volkswagen Gol GTI
Divulgação

Volkswagen Gol GTI

Primeiro carro fabricado no Brasil com injeção eletrônica de combustível, quase junto com o GM Monza EF500, o Gol GTI foi um dos principais destaques do Salão do Automóvel, em 1988. Tinha pintura exclusiva Azul Mônaco e acabamento de primeira linha, o que incluia os legítimos bancos esportivos da Recaro, volante de quatro raios revestido de couro e quadro de instrumentos com iluminação vermelha e marcação até 240 km/h no velocímetro.

 

O motor 2.0, com injeção multiponto tinha sistema de ignição controlado por outro modulo eletrônico EZK. Tinha 120 cv e câmbio manual de cinco marchas. Na época do lançamento o fato de não ter carburador e, portanto, não “engasgar” logo nos primeiros quilômetros, mesmo em dias frios, o tornou um mito entre os carros no Brasil. Atingir 173 km/h e fazia de 0 a 100 km/h, de acordo com os dados da Volkswagen. Sobraram muito poucos exemplares em bom estado. E seus donos pedem o que querem pelas suas raridades. Mas não costumam deixar por menos de R$ 40 mil os mais caprichados e originais, valor que pode subir de acordo com a quilometragem.

5 – Honda Civic Si

Honda Civic Si
Divulgação

Honda Civic Si

Da leva mais recente de esportivos fabricados no Brasil, o sedã da Honda merece um lugar cativo. Foi lançado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. E mostrou que, a partir dos 5.000 rpm, quando entra o terceiro ressalto do comando de válvulas, transformava-se em um esportivo feroz. Conseguia render potência até nada menos que 7.800 rpm, quando chegava nos 192 cv. De acordo com a fabricante, o Si atingia 215 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em apenas 7,9 segundos.

Foi lançado apenas nas cores vermelho, prata e preto, sendo a primeira era exclusiva do Si, que vinha apenas com câmbio manual de seis marchas, de engates curtos e precisos e embreagem mais pesada que a média. A suspensão também tinha ajuste bem esportivo. Portanto, deixava bem claro que foi feito para quem realmente estava a fim de um sedã bem apimentado.

Fonte: Carros – iG /vavadaluz