Pátio da Chevrolet em Gravataí

Agência Brasil

Pátio da Chevrolet em Gravataí (RS) cheio de carros que serão distribuídos entre concessionárias e locadoras espalhadas pelo Brasil

Após os meses iniciais da pandemia do novo coronavírus, a economia começa a mostrar sinais de recuperação e as locadoras de veículos começam a correr atrás do tempo perdido. A alta demanda por automóveis novos por parte das empresas do setor faz com que falte até veículos à pronta entrega.

De acordo com Paulo Miguel Júnior, presidente da Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), o problema deve se normalizar apenas a partir de outubro, e é resultado da combinação de alta demanda por parte das locadoras com a produção ainda restrita por parte dos fabricantes.

“Com o crescimento constante do setor desde a 1ª quinzena de julho, as empresas buscaram as montadoras ao mesmo tempo para renovar as frotas. Normalmente, essas compras são distribuídas ao longo do ano e esse problema da oferta de carros não acontece”, explicou o presidente da Abla.

Boa parte desse volume de novos automóveis será destinado para o segmento de terceirização de frotas corporativas, que segundo Miguel Júnior foi um dos menos afetados pela Covid-19 e já atingiu os números do período pré-pandemia.

Um exemplo disso é a empresa Maestro Frotas, que apesar dos impactos da pandemia conseguiu fechar o período de abril a junho com um lucro operacional de R$ 9,067 milhões, um aumento de 5,5% em comparação ao mesmo período de 2019.

Além das frotas para empresas, outros segmentos em que apostam as empresas de locação são o de contratos de locação de veículos de médio e longo prazo — voltados para usuários que querem se livrar do transporte coletivo sem comprar um carro — e também o de aluguel de carros para uso por motoristas de aplicativo.

“O segmento de locação de carros para aplicativo está apenas 20% abaixo do nível pré-pandemia. Mas existe um movimento de pessoas que perderam o emprego no período e estão buscando nos aplicativos de transporte uma fonte de renda”, ressaltou Miguel Júnior.

Atualmente, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis, o setor reúne 10.812 empresas, com uma frota de 998 mil automóveis