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Mercado despenca 81% na primeira quinzena de abril. Hyundai HB20 lidera

Mercado despenca 81% na primeira quinzena de abril. Hyundai HB20 lidera

A primeira quinzena de abril confirmou o que vinha acontecendo nas duas últimas semanas de março, com médias diárias de emplacamentos de 2 mil unidades, ante 10 mil ou 11 mil de períodos pré-pandemia. Com isso, a comparação da primeira quinzena de abril com a primeira de março (antes do fechamento do comércio automotivo) é cruel. A queda é de 81%, porcentual que se repete em relação a abril do ano passado. Com isso, a queda de vendas no acumulado do ano já se aproxima de 20%, lembrando que o mercado rodava com alta de 9% antes da crise.

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Hyundai HB20 lidera as fracas vendas da primeira quinzena de abril

Enquanto as vendas de automóveis recuaram cerca de 20%, as de caminhões e comerciais leves caíram cerca de 15%. O maior tombo foi nas vendas de ônibus, com 30%. Vale lembrar que a maioria das fábricas está parada há quase um mês. Com a maioria das concessionárias funcionando apenas para assistência técnica, os emplacamentos de abril de resumem a vendas diretas ou algumas poucas vendas feitas online para pessoas físicas.

Essa crise sem precedentes mudou totalmente o ranking de vendas de automóveis. A liderança de anos do Chevrolet Onix não ocorre neste mês. O modelo da GM teve 1.336 emplacamentos, bem distante do líder provisório Hyundai HB20, com 1.878. O top 5 é completado por Ford Ka hatch (886), Onix Plus (842) e VW Gol (611).

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Lançado durante a pandemia, Chevrolet Tracker é o SUV mais emplacado

A onda SUV arrefeceu, obviamente. A fila é puxada pelo recém-lançado Chevrolet Tracker (504 unidades), seguido por Jeep Compass (347), VW T-Cross (326), Nissan Kicks (256) e Jeep Renegade, antigo líder, com meros 247 emplacamentos. Entre as picapes, a Fiat Strada, que teve o lançamento da nova geração adiado, ainda lidera com 612 unidades, mas tudo mudou na sequência, com Toyota Hilux (599), Fiat Toro (427), VW Saveiro (399) e Ford Ranger (395).

As montadoras estão prorrogando a volta das fábricas para junho, o que confirma a previsão feia na semana passada pelo presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Carlos Moraes, de que o segundo trimestre será muito difícil. Os números de abril apontam para o pior trimestre da história recente do setor automotivo brasileiro.

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Presidente da Anfavea prevê um segundo trimestre de enormes dificuldades

iG/VAVADALUZ