Existem poucas raças que são legitimamente brasileiras, a maioria foi importada de outros países

Existem centenas de raças de cães espalhadas pelo mundo. A maioria surgiu na América do Norte e na Europa e, conforme os animais caiam no gosto das pessoas, eram exportados para outros locais. É por isso que hoje a mesma raça existe em diversas localidades. Mas você já se perguntou se alguma delas nasceu no Brasil?

O Brasil não tem uma longa lista de raças de cães  com sua nacionalidade, mas existe um número considerável e que vale a pena ser lembrado. Pensando nisso, fizemos uma lista com 10 pets que são legitimamente brasileiros e muitas pessoas não sabem ou não se lembram.

Buldogue Campeiro

Existem poucas raças de cães originárias no Brasil e a maioria nem é lembrada pelas pessoas
Reprodução Pinterest

Existem poucas raças de cães originárias no Brasil e a maioria nem é lembrada pelas pessoas

O  Buldogue Campeiro é uma raça descendente do Buldogue Inglês e do Bull Terrier. Foi muito usado nos campos gaúchos, pois era um excelente controlador de gado. Também foi levado para o Mato Grosso do Sul como ajudante no abate de porcos e outros animais. Nos anos 70, quase foi extinto devido a regulamentação e imposição de leis e medidas sanitárias em matadouros e pela popularização de outras raças. Mas um cinófilo decidiu resgatar a raça, aprimorá-la e fez com que ela fosse reconhecida no Brasil.

Buldogue Serrano

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A história do  Buldogue Serrano se mistura com a do Campeiro. A versão oficial diz que sempre existiram dois cães, apesar do Serrano ter ancestrais em comum com o Campeiro. Acredita-se que ele surgiu a partir de cães do tipo buldogue que vieram junto com os imigrantes europeus e se instalaram no sul do Brasil. Essa raça sempre foi boa como guarda e trabalhos com o gado. É reconhecida pela Confederação Brasileira de Cinofilia.

Boca-Preta Sertanejo

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Reprodução Wikipedia

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Também conhecido por Cão Sertanejo, é uma raça que se originou no nordeste do país, sendo considerado um patrimônio histórico-cultural da região. Ele faz parte da memória popular do sertão, principalmente dos homens ligados a atividades de caça de subsistência, pequenos agricultores e vaqueiros. É um cão que combina muito com a história de vida nordestina. O Boca-Preta Sertanejo é adaptado ao clima árido e seco dessa região.

Dogue Brasileiro

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O  Dogue Brasileiro é fruto do cruzamento de um Bull Terrier e um Boxer. A raça surgiu em 1978 no Rio Grande do Sul graças a Pedro Ribeiro Dantas, que desejava um cão de guarda, obediente, forte e ativo. Assim que a nova raça nasceu, foi nomeada como Bull Boxer, mas o criador trocou para Dogue Brasileiro – deixando claro que é um descendente de Molosso e sua nacionalidade é brasileira. Não é reconhecido pelo FCI, mas em 1999, a CBKC considerou válido o padrão desse cão.

Fila Brasileiro

Existem poucas raças de cães originárias no Brasil e a maioria nem é lembrada pelas pessoas
Reprodução

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De todas as raças na lista, o  Fila Brasileiro é o mais popular – tanto no Brasil quanto em outros países – já que é reconhecido internacionalmente. Sua origem tem tudo a ver com a colonização do país: com a chegada dos imigrantes, vários cães vieram juntos e, após diversos cruzamentos, o Fila Brasileiro nasceu. Ele herdou o corpo robusto dos Mastiffs Ingleses, a pele solta e grandes orelhas dos Bloodhounds e a força dos Bulldogues. Normalmente trabalhava nas fazendas, fazendo a guarda, tocaiando onças e cercando bois.

Griffon Barbudo

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Reprodução Wikipedia

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O Griffon Barbudo está quase extinção por falta de interesse na raça. Nenhum criador está disposto a organizar uma criação do cão para buscar seu aperfeiçoamento e reconhecimento de entidades cinófilas. Poucas pessoas possuem exemplares e a maioria o utiliza para companhia, pastoreio de gado e ovelhas ou caça de subsistência. Apesar de ser um patrimônio genético brasileiro, é bem difícil que o Griffon Barbudo sobreviva.

Ovelheiro Gaúcho

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A origem dessa raça está explícita em seu nome: o  Ovelheiro Gaúcho nasceu no Rio Grande do Sul. Não se sabe ao certo com ele surgiu, mas é muito provável que seja uma mistura de várias raças de pastoreio, como é o caso do Border Collie (repare como são parecidos). Na década de 1920, a raça teria sido cruzada com cães Pastor Alemão para conseguir combater o gado e outros cães maiores. Sua função é pastorear ovelhas e outros animais de fazenda, ele se sai muito bem nas suas tarefas.

Pastor da Mantiqueira

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Como o próprio nome já diz, o Pastor da Mantiqueira é originário da Serra da Mantiqueira, região Sudeste do Brasil. Seu nascimento não é conhecido, mas acredita-se que seja descendente dos antigos cães que eram chamados de “policiais”. Baseado na sua aparência e habilidades para pastoreio, provavelmente tem sangue de pastor alemão, pastor belga, pastor branco suíço, pastor holandês e pastor garafiano. Todos esses cães chegaram na região pelos emigrantes e contribuíram para o surgimento do Pastor da Mantiqueira.

Terrier Brasileiro

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Reprodução/ Shutterstock

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Também conhecido por Fox Paulistinha , esse cão foi criado para caçar ratos. Segundo a versão mais aceita de sua história de origem, acredita-se que ele foi desenvolvido por fazendeiros que cruzavam raças como Fox Terrier, Manchester Terrier e Terrier Branco Inglês entre 1910  1920. O cão foi aprimorado na América Central e do Sul após o cruzamento com o Beagle, garantindo seu olfato aguçado. O Terrier Brasileiro deu uma decaída em 1940, mas voltou a ser popular no final dos anos 70.

Veadeiro Pampeano

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Existem poucas raças de cães originárias no Brasil e a maioria nem é lembrada pelas pessoas

Também chamado de Veadeiro Brasileiro , essa raça nasceu nos pampas bem ao Sul. Apesar de ser originária do Brasil, também tem contribuição da Argentina e Uruguai. Não se conhece sua origem, mas sabe que ele foi criado para o pastoreio e se parece muito com os podengos. Só foi reconhecido oficialmente pela Confederação Brasileira de Cinofilia em 2000, após o árduo trabalho de um cinófilo. É uma das raças de cães brasileiras menos conhecidas.