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Ministra do Supremo, Cármen Lúcia faz alerta para mudança perigosamente conservadora

Ministra do Supremo, Cármen Lúcia faz alerta para mudança perigosamente conservadora

 

Magistrada integrante da mais alta instância judiciária se manifestou a respeito de medidas que fazem parte do novo governo que se inicia em 2019.

A ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, manifestou-se ao analisar o início do próximo Governo em 2019 no país, a partir da eleição presidencial de Jair Messias Bolsonaro. Na manhã desta segunda-feira (05) de novembro, durante uma palestra realizada em Brasília, no Distrito Federal, a magistrada que integra a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro, afirmou que tanto o Brasil, quanto o mundo, enfrentam grandes mudanças e que torna-se algo extremamente importante e necessário que os direitos fundamentais não venham a sofrer qualquer tipo de retrocesso.

O discurso da ministra Cármen Lúcia foi realizado no evento “As Mudanças Constitucionais pelo Supremo em 30 anos”, em comemoração dos 30 anos da Constituição Federal brasileira.

O evento também foi denominado de “Desafios Constitucionais de hoje e propostas para os próximos 30 anos”. O evento foi promovido pela editora Fórum, que faz a publicação de títulos jurídicos. Cármen Lúcia salientou que a sociedade civil organizada não deve recuar em relação aos direitos sociais já conquistados no Brasil.

Guinada conservadora no Brasil e no mundo
De acordo com o discurso proferido pela ministra Cármen Lúcia, que presidiu anteriormente ao ministro José Antônio Dias Toffoli, o Supremo Tribunal Federal (STF), a avaliação, segundo a magistrada, é que observa-se uma tendência “perigosamente conservadora”, em termos de costumes. Entretanto, a magistrada da mais alta Corte de Justiça do país não detalhou em relação a que tipo ou quais mudanças nos costumes estaria considerando como algo que fosse perigoso.

 

Porém, a ministra Cármen Lúcia alavancou, durante seu discurso, algumas mudanças que considera benéficas e de caráter positivo para o país, como por exemplo, a vontade expressada por juízes em fazer alterações na Constituição Federal e também, em se tratando, dos próprios cidadãos brasileiros que propiciam discussões relacionadas aos seus direitos e a exigência do cumprimento das garantias constitucionais.

Um outro aspecto que foi defendido pela magistrada do Supremo, trata-se da educação jurídica disponibilizada para os cidadãos brasileiros. Pode-se destacar que, de acordo com a opinião da ministra Cármen Lúcia, o cidadão poderá ser “realmente livre em suas escolhas, em seu pensar e também em sua dinâmica, se o mesmo vir a ser educado juridicamente”. A magistrada afirmou que “o grande desafio nos tempos atuais, é fazer com que os direitos fundamentais, os direitos humanos e os direitos sociais de todos sejam plenamente atendidos, o que não seria uma tarefa simples”, segundo Lúcia.

Ao encerrar sua palestra, a ministra do STF disse que não possui um sentimento de pessimismo em relação ao Brasil, já que “acredita muito no povo e no cidadão do país e assegurou que toda transformação seria própria da vida”.

Via: Blastingnews