O papel de Ricardo no governo de João
O governador Ricardo Coutinho conseguiu o feito de Eduardo Campos em
Pernambuco. Com uma pequena diferença. No caso de Ricardo, depois de
superar o obstáculo de uma reeleição suada, conquistou terreno no segundo
mandato fertilidade para plantar o sucessor logo no primeiro turno.
Reconhecido cabo eleitoral e vital para a eleição de João Azevedo – a partir
do instante que corajosamente decidiu ficar na gestão até o fim -, qual será
a participação de Ricardo no futuro governo? Eis a pergunta feita dentro e
fora do Jardim Girassol.
Informes de bastidores apontam que Ricardo ficará, por opção, de fora. Assim
como Amanda Rodrigues (Finanças e Empreender), proeminente integrante
do atual primeiro escalão. Confirmando-se, Coutinho optará pelo distanciamento
estratégico e abraçará a condição de inspiração e conselheiro, quando solicitado.
Essa é a hipótese mais provável, até porque no novo cenário político nacional
há chance do paraibano ser convocado pela direção do PSB para o debate macro.
Tamanho para isso, ele já conquistou. Tanto que aspirava ao Ministério da Integração,
em caso de eleição de Haddad. Projeto, como se sabe, frustrado.
Especialistas em Ricardo apostam que – pelo perfil mais centralizador – ele tentará
ser presença e posto de comando na administração, mantendo viva sua ascendência
e liderança nos resultados políticos e de gestão. Algo do tipo como a função de
primeiro-ministro, aventada lá atrás pelo deputado Adriano Galdino. Pessoalmente,
não creio na tese.
Como o próprio João Azevedo disse numa entrevista ao Arapuan Verdade, o cargo
de secretário, em que pese sua importância, não cabe na estatura de um ex-governador
com nível de importância política e bafejado pelo alto grau de aprovação popular.
Pelo sim, ou pelo não, o papel a ser exercido pelo governador Ricardo Coutinho
a partir de 2019 vai dizer muito da futura gestão. Se a Paraíba terá o Governo
João Azevedo I ou o Ricardo Coutinho III…
Por Heron Cid