Ministro Edson Fachin toma decisão e ‘bomba’ vai parar nas mãos de Sérgio Moro
O juiz federal recebeu inquérito de ministro do Supremo após manifestação de Raquel Dodge.
A procuradora-Geral da República Raquel Dodge avaliou nesta última segunda-feira, 7 de maio, que a denúncia contra o senador do MDB Fernando Bezerra Coelho seja mandada para a primeira instância. O fato do Supremo Tribunal Federal (STF) mudar o entendimento sobre o foro privilegiado trouxe à Procuradoria a análise do caso a partir do momento que o ministro e relator dos processos da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, havia retirado da lista de itens a serem julgados pela Segunda Turma.
O senador foi denunciado em 2016 sobre a acusação de receber a quantia de R$ 41,5 milhões das empresas Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, empreiteiras que foram contratadas pela Petrobras para realização de obras na refinaria Abreu e Lima.
Conforme posicionamento comum de investigados na Lava Jato, o senador nega todas as acusações.
Logo após Raquel Dodge analisar o caso e pedir que fosse enviado para a primeira instância, o ministro Edson Fachin surpreendeu com a decisão. Devido decisão do ministro, o senador está nas mãos do juiz federal Sergio Moro, da 13° Vara Federal de Curitiba, Paraná. Moro é temido por diversos políticos e empresários investigados, ele foi o juiz de decretou a prisão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trazendo um marco na história da política brasileira.
O senador Bezerra é o primeiro acusado que foi remetido a primeira instância na Justiça Federal de Curitiba, após mudança de entendimento do foro privilegiado. O novo entendimento admite que crimes cometidos antes do mandato e sem relação com o atual cargo sejam enviados para instâncias inferiores.
O juiz federal Sergio Moro ficou conhecido pela sua notória participação com as investigações da Lava Jato. Moro colocou na cadeia políticos e empresários da alta sociedade, o juiz enfatiza que é contra a impunidade. Desde que acontecimentos envolvendo a Petrobras foram sendo descobertos, o juiz entrou em um caminho sem volta e mostrou pulso firme para tratar com o saqueamento da estatal.
Um exemplo é a prisão do ex-presidente Lula, que é réu em diversos processos na Justiça sendo condenado em primeira instância na ação penal sobre um tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo. A prisão de Lula trouxe dor de cabeça ao juiz que chegou a ser acusado de parcialidade no caso. No entanto, Lula teve diversos recursos negados, como no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Além do mais, o petista foi condenado na segunda instância pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4a. região.
Via: blastingnews