Suspensão da transposição do Rio São Francisco na PB é confirmada pelo Ministério da Integração
Interrupção deve acontecer para obras nos açudes de Poções e Camalaú serem concluídas, em até quatro meses.
Por G1 PB
O Ministério da Integração confirmou a necessidade de suspensão temporária da transposição do Eixo Leste do Rio São Francisco para a Paraíba, até que obras programadas nos açudes de Poções e Camalaú sejam concluídas – prazo máximo de quatro meses, segundo nota do governo. A decisão informada na quarta-feira (14) atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Ainda de acordo com nota do Ministério, o açude Boqueirão, responsável pelo abastecimento de mais de 1 milhão de pessoas, “já atingiu tranquilidade hídrica, ou seja, o volume de água armazenada é suficiente e não prejudicará ao abastecimento de água da população”.
Nota técnica
A Secretaria de Infraestrutura Hídrica, do Ministério da Integração Nacional, enviou uma nota técnica ao Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba confirmando a necessidade de suspensão de bombeamento de águas da transposição do Rio São Francisco. Com base nesta nota, não foram encontrados elementos que justifiquem tecnicamente a impossibilidade de interrupção da pré-operação do Projeto de Integração do São Francisco (PISF).
A nota foi formulada após o MPF em Monteiro ter recomendado a suspensão da operação do sistema de bombeamento de águas da transposição do Rio São Francisco, no eixo leste, junto à Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Ministério da Integração Nacional. A nota do Ministério da Integração concluiu ser necessário interromper o bombeamento para conclusão das intervenções programadas nos dois reservatórios, em função do risco de segurança identificado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS).
Isso porque, para que as vazões do Eixo Leste do PISF chegassem ao açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), no Cariri, responsável pelo abastecimento de Campina Grande e outros 18 municípios, eram necessárias obras de recuperação em Poções e Camalaú, que se encontram no Rio Paraíba.
Mas devido ao prazo disponível para estas intervenções, o DNOCS encontrou como solução imediata a execução de um canal escavado através dos vertedouros das barragens Poções e Camalaú, permitindo assim a passagem das águas do PISF para Boqueirão em caráter provisório e emergencial. Tudo isso aconteceu após, no segundo semestre de 2016, o Ministério da Integração definir como prioridade a conclusão do caminho das águas do Eixo Leste do PISF, tendo em vista a grave escassez hídrica que assolava Campina Grande e região, mediante ameaça de desabastecimento total de água.
De acordo com o coordenador do DNOCS na Paraíba, Alberto Gomes, a suspensão do bombeamento é essencial para que as águas do São Francisco cheguem em Boqueirão de forma segura. “É necessário dar uma paralisada no bombeamento para que tenhamos uma segurança hídrica comprovada. Essa obra deve durar cerca de 120 dias”, pontuou o coordenador.
Interrupção não afeta fornecimento de água
A nota técnica levou em consideração o volume do açude de Boqueirão, que de acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) está atualmente com 16,38% da capacidade total (67,4 milhões m³), e analisou que a interrupção do bombeamento não oferece riscos ao abastecimento de água para Campina Grande e as outras duas cidades.
O Ministério da Integração também considerou outros dois aspectos para fazer a sua conclusão. Um deles foi a resolução da Agência Nacional da Águas (ANA) e Aesa autorizando a descarga de 4,8 hm³ do açude de Boqueirão para assegurar a continuidade da operação dos sistemas de abastecimento do açude Argemiro de Figueiredo (Acauã), em Itatuba, no Agreste, que ser deve ser praticada até 30 de junho de 2018. O outro aspecto considerado foi o uso diário de 20,74 hm³.
Diante desses aspectos, a nota técnica apontou que, em um cenário improvável em que não haja aporte de águas ao reservatório, nem por meio de chuvas nem por meio do PISF, o reservatório de Boqueirão, ao final dos quatro meses de interrupção do PISF, ainda seria capaz de manter o abastecimento da região com segurança, apresentando um volume de 38,14 hm³.
Reunião vai discutir suspensão do bombeamento
Na próxima sexta-feira (16), às 10h, haverá uma reunião na sede do Ministério Público Federal, em João Pessoa, para discutir a suspensão de bombeamento de águas da transposição do rio São Francisco. Devem fazer parte dessa reunião representantes do Ministério da Integração, MPF, ANA, Aesa e DNOCS.
Na barragem de acauã, existe água suficiente para abastecer a Cidade, mas há quase dois meses, o abastecimento foi suspenso. Por qual motivo? Cadê a água, Governador? Quando ela vai voltar?Água é vida, sem ela não podemos viver.
Isso mesmo Ernesto eu já venho dizendo há muito essa realidade, inclusive em reunião com MP – AESA – CAGEPA
Está faltando o nosso Ministério Público entrar em ação, para ver a sacanagem que a CAGEPA faz com população. Água, nós temos em Acauã o que não temos é o interesse de políticos se pronunciarem e lutarem para CAGEPA captar água no lugar certo e deixar da frescura de dizer que está faltando água.O povo até pode ser omisso, mas, não é burro, não. CAGEPA, pegue o dinheiro que foi pago pelo consumidor, o qual não recebeu a água cobrada, e coloque canos no lugar mais profundo…e não no FUNDO do consumidor. Agora, senhores políticos, se vocês estão esperando resolver o problema da falta d’água perto da eleição,podem tirar o seus cavalos da chuva…Vocês terão surpresas, esperem…
O QUE É O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL?
“O Ministério Público é dividido em Ministério Público da União e Ministério Público dos Estados. Ou seja, cada estado brasileiro tem um órgão fiscalizador próprio, cuja missão é defender os interesses da sociedade e garantir os direitos dos cidadãos e cidadãs. De uma forma geral, o MP Estadual é responsável por manter a ordem jurídica de seu estado de origem e garantir a aplicação da lei em diversas áreas. Por isso, deve estar em constante harmonia com a sociedade, pois atua em seu favor em diversas áreas, como saúde, educação, direitos humanos, consumidor, crime, patrimônio público, meio ambiente, entre várias outras”.
É…Não fala de omissão…
Agora, dizer que Deus é responsável pela falta d’água, é querer colocar ELE no patamar dos humanos…Piada,né!
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