É preciso falar mais sobre as partes íntimas e, mesmo que o assunto seja um tabu, já está na hora de descobrir algumas coisas que ninguém te disse ainda

Você conhece bem o seu corpo? Desde a infância, os meninos são ensinados a respeito do o funcionamento do órgão sexual masculino, mas muitos tabus ainda rondam a intimidade feminina e, por isso, a vulva (sim, vulva e não vagina) não é algo debatido de forma tão aberta nem entre mulheres, nem entre homens.

É preciso falar mais sobre as partes íntimas, mas nada de se comparar: a vulva é algo diferente para cada mulher
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É preciso falar mais sobre as partes íntimas, mas nada de se comparar: a vulva é algo diferente para cada mulher

Assim, a dúvida de muitas mulheres e a falta de conhecimento sobre o assunto gera um excesso de comparações e crenças falsas, o que normalmente faz com que elas não se sintam felizes ou confortáveis com a aparência da parte externa do órgão e tenham certeza de que há algo de errado com a própria vulva . Por isso, aqui vão onze coisas sobre essa parte do corpo que você precisa saber: 

1. Ela existe

Muitas pessoas acabam se referindo à área intima feminina como uma coisa só, mas, antes de mais nada, é preciso explicar que a vulva e a vagina não são a mesma coisa. De acordo com o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, “vulva” é o termo geral para a “área genital feminina externa”, ou seja, a parte que nós vemos. Já a vagina é o nome do “tubo” que liga a vulva ao colo do útero e ao útero, servindo como o canal do parto, da menstruação e também o local convencionalmente estimulado durante o ato sexual. 

2. Ela é dividida em partes

Essa parte do corpo abrange os grandes lábios, os pequenos lábios, o prepúcio (a “cobertura” do clitóris), além da abertura da uretra (por onde sai a urina), e a abertura vaginal.

3. Pode variar de cor

A pele que cobre a intimidade feminina nem sempre é do mesmo tom da pele que cobre o resto do corpo, o que é totalmente normal. Ela pode ser mais clara, mais escura, ter manchinhas, etc.

4. Ela tem pelos

No início da puberdade, que geralmente acontece entre os oito e 13 anos de idade, as meninas começam a perceber a presença de pelos lá embaixo. Não existe uma explicação cientifica 100% confirmada dos motivos pelos quais os pelos pubianos existem, mas a teoria mais aceita é a de que eles funcionam como um dispositivo evolutivo que protege a pele da vulva contra a fricção durante o sexo.

Ah, e uma curiosidade: da mesma forma que o cabelo das outras partes do seu corpo ficam brancos com a velhice, isso também acontece com os pelinhos lá de baixo.

5. A pele é sensível

Por esse motivo, é mais fácil ter problemas com depilação íntima, principalmente se os pelos são removidos com lâminas de barbear. Além disso, por ser sensível, essa parte do corpo é mais propícia para o surgimento de problemas de pele como inflamações, pelos encravados e irritações.

Apesar dessa facilidade, com os cuidados corretos e um pouco de atenção, é possível evitar esse tipo de problema. Para garantir, por exemplo, que a depilação com lâmina não cause problemas, o melhor a fazer é deixar para raspar os pelos no final do banho (quando os cabelinhos estão mais amolecidos por conta da umidade) e nunca raspá-los contra a direção do crescimento.

A inflamação dos pelos encravados, também chamado de foliculite, e a irritação na pele também podem ser evitavas, principalmente interrompendo o uso de sabão ou loções perfumadas na área e utilizando apenas sabonetes neutros.

6. Ela pode ter cistos

Perto da abertura da vagina estão localizadas as glândulas de Bartholin, que liberam um fluido durante o sexo para ajudar a manter a lubrificação e evitar atrito. Às vezes, porém, essas glândulas ficam bloqueadas e um cisto (que se parece com um pequeno inchaço), aparece na região externa. Mas acalme-se porque, a menos que eles estejam infeccionados, eles não doem e podem ser tratados com banhos ou compressas de água quente. No entando, se eles começarem a doer, consulte um ginecologista de confiança.

7. Pode ser afetada pela vulvodinia

Existem dois tipos de vulvodinia, doença definida pela Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas como três ou mais meses de dor na vagina ou vulva que não é causada por uma infecção ou problema na pele. A “vulvodinia localizada” se refere a uma dor na vagina, mas a “vulvodinia generalizada” é dor em toda a área externa da região íntima também.

Geralmente, essa condição é descrita como uma ardência ao redor dessa parte do corpo e há muitos fatores que podem causá-la, mas também muitos jeitos diferentes de tratá-la, incluindo fisioterapia íntima e mudança de método contraceptivo. Porém, se você acha que está sentindo qualquer um dos sintomas, deve consultar um ginecologista de confiança antes de qualquer coisa.

8. Algumas DSTs se manifestam na vulva

A herpes genital, por exemplo, faz com que a região fique cheia de lesões visíveis na parte externa. Essas lesões parecem pequenas feridas vermelhas e, geralmente, aparecem em pequenos aglomerados.

9. Outras DSTs podem ser espalhadas através do contato com a vulva

A tricomoníase, por exemplo, é provocada por um parastia e pode ser transmitida através do sexo, do compartilhamento de brinquedos eróticos e contato vulva-vulva. De acordo com dados da organização americana “Planned Parenthood”, pelo menos sete em cada dez pessoas com essa doença não manifestam sintomas, mas, quando presentes, eles são semelhantes aos sintomas da vaginite (mucosa verde ou amarela, mau cheio, sangue, coceira, irritação e dor durante o sexo).

10. Precisa de poucos cuidados

Além das coisas que todas as pessoas precisam fazer para se manter saudáveis, como usar preservativos e tomar banho regularmente, por exemplo, sua vulva não precisa de muita “atenção extra”. Na verdade, a maioria dos casos de irritação nessa parte do corpo ocorre em razão de um “excesso” de atenção, como lavar com muita força, usar produtos perfumados ou depilar constantemente.  Matéia completa aqui.