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Pai dos irmãos Batista é escolhido para presidir a JBS após prisões dos filhos

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Escolha do patriarca da família Batista para assumir posto vago após a prisão de Wesley deve ser oficializada ainda neste domingo (17) pela companhia

Brasil Econômico

Presidência da JBS ficou vaga após a prisão de Wesley Batista, primeiro a ser preso no Brasil por insider trader
Divulgação

Presidência da JBS ficou vaga após a prisão de Wesley Batista, primeiro a ser preso no Brasil por insider trader

O conselho administrativo da JBS-Friboi aprovou o nome de José Batista Sobrinho, pai de Joesley e Wesley Batista, para a presidência da empresa. A escolha do patriarca da família Batista para assumir o posto que ficou vago após a prisão de Wesley na última quarta-feira (13)  deve ser oficializada ainda neste domingo (17). 

José Batista Sobrinho é um dos fundadores do Grupo JBS e atual vice-presidente do Conselho de Administração da companhia. De acordo com informações da empresa, o pai de Wesley e Joesley (que também está preso em São Paulo) possui “mais de 50 anos de experiência com produção de carne bovina”.

Wesley Batista era o presidente da empresa até ser preso pela Polícia Federal por crimes contra o sistema financeiro. Ele foi o primeiro a ser preso na história do País por prática de insider trader , que é o uso indevido de informação privilegiada para obter vantagens na negociação com valores mobiliários (Joesley também teve a prisão decretada por esse crime, mas já se encontrava detido em Brasília em decorrência de outra investigação).

Crimes dos irmãos Batista

Os irmãos Batista detém 100% das ações da FB Participações e somente 42% dos papéis da JBS. De acordo com a Polícia Federal, eles cometeram dois crimes contra o mercado financeiro (e contra a administração da rede de frigoríficos) durante as tratativas de seus acordos de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República. 

Segundo as investigações, os irmãos Batista venderam, por meio da FB Participações, R$ 42 milhões em ações da JBS a um preço de R$ 372 milhões. Parte dessas ações foram comprados pela própria JBS, então presidida por Wesley, para evitar que o grande volume de papéis disponíveis causassem desvalorização da empresa – o que estava previsto para ocorrer somente após a divulgação das delações de executivos do grupo.

Além dessa manobra, os irmãos Batista também foram acusados de cometer crime ao negociar a compra de dólares para obter lucro ilegal tão logo as denúncias contra o presidente Michel Temer levassem à valorização da moeda americana.

Os valores totais do lucro obtido com a compra de dólares e do prejuízo evitado mediante à venda dos papéis da JBS ainda está sendo calculado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Na última sexta-feira (15), juíza do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3)  decidiu manter a prisão preventiva dos irmãos Batista , que já recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Fonte: Economia – iG /vavadaluz