FALANDO DE INGA (por vavadaluz)
Com licença dos amigos
eu vou falar de ingá
mas não do ingá de agora
ingá do tempo de outrora
que nunca mais vai vortá
–
O ingá dos coronéis
de quem pode e quem não pode
donde ao invés de usar cheque
se mandava era um moleque
com o cabelo do bigode
–
Inga de homens ilustres
que passaram por aqui
teve inte um dito cujo
Severino de Araujo
tocador de entupir
não deixando de lembrar
O Capitão Amará
e Gonzaga Buriti
–
inga donde a vista alcança
de serra é arrodeado
abençoa o sol com brilho
os pés de feijão e milho
porque só tinha roçado
–
hoje tudo é descampado
o homem esse triste rato
derrubou queimando o mato
pra fazer pasto pro gado.
–
O inga do zabelê
que é fora da cidade
onde um dia eu paguei pra vê
a rapariga nenê
tirar minha virgindade
–
Inga de zé de totô
de zé luis, o bandido
que mesmo morto, estendido
dum cabra ainda apanhou
E num idos que se foi
O velho carro de boi
Fazia as vez do trator
–
Inga dos titos, correias
dos cancão dos avelinos
dos pequenos, dos meninos
dos bezerras e dos abeia
dos tambor,cabral, bilu
dos camilo, paiva,dias
dos trigueiros dos farias
dos rodrigues e dos do sul
dos rosendo dos carneiros
dos lucas dos marianos
dos borges, teles , da luz
araujo, lima, cruz
morais silvino e ribeiro
martins, cardoso, dos pintos
dos nunes , candidos e gonçalves
dos félix andrade e felinto
dos ataides e dos alves
Verissimo, pereira e góis
silva,oliveira, amaral
valeriano e queiroz
dos targino e bacalhau
E tem as sua resenha
Os Batistas, chave ou Lenha
–
Ingá que as eleições
Era bonito se Vê
Numa luta da Gangrena
Os eleitores da ARENA
Brigar com o PSD
–
Hoje tudo ta mudado
Os irmãos perderam o rito
E quando chega as eleições
Só vemos é beliscões
De Araras com Periquitos
–
Inga de antigos prefeitos
que aqui cumpriram seus anos
Chico de doutor, Neneco
Djalma, se não me engano
Zé Grande, Honorio Félix
e Tiburcio Valeriano
–
Inga do velho cruzeiro
que numa visão bem rara
olha o rio sobranceiro
deslizar, firme, altaneiro
rumo as itacoatiaras
–
pedras estas no Ingá
que até hoje a ciencia
com estudo e paciencia
não conseguiu decifrar
–
E essas inscrições rupestres
De entalhe tão profundo
Que ninguém sabe explicar
Fez com que o nosso Inga
Fosse conhecido no mundo
–
hoje o Inga mudou muito
mudou e isso faz parte
pra começar sua sorte
veio um cabra firme e forte
tirou o seu BACAMARTE
–
Aí ficou só Inga
ficou Inga tão somente
Os filhos foi se afastando
e os forasteiro chegando
pra tomar conta da gente
–
Como tudo que vai, volta
Diz um ditado do povo
Os intrusos foram embora
Botamos todos pra fora
E tomamos a rédeas de novo
Hoje o mandatário é nosso
Os secretários também
Então, depende da gente
Pra nosso Inga ir pra frente
Sem depender de ninguém
–
E com fé em nosso Deus
E trabalhando correto
Gritaremos com firmeza
Na mais certa das certeza
Que isso vai dar tudo certo
–
E hoje três de novembro
De dois mil e dezesseis
Comemoramos com gloria
Fazer parte da historia
Dos cento e setenta e seis
vavadaluz
Muito bom vava. parabens..ainda não tinha visto esse poema…lindo ..uma bela homenagem
Como diz que um filho seu não foge a luta. Parabéns pela bela homenagem ao Ingá.
Muito bom poema bem elaborado e construtivo pra quem quer saber realmente o que é uma boa história e bem contada Parabéns vavá mandou muito bem tiro chapéu pra você
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