Fraudes de grupo preso causaram prejuízo superior a R$ 1 milhão, diz PF.
Quatro pessoas foram presas na Paraíba e no Rio Grande do Norte.
O grupo criminoso desarticulado em uma operação realizada pela Polícia Federal na Paraíba e no Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira (16), teria causado um prejuízo aos bancos de mais de R$ 1 milhão, segundo o delegado da PF Raoni Aguiar. Na Paraíba, dois homens foram presos em João Pessoa e em Sapé.
No total, quatro pessoas foram presas suspeitas de de falsificar documentos para obter empréstimos consignados e sacar precatórios judiciais.
Segundo o delegado, o grupo agia por meio da falsificação de documentos de identidade a partir de levantamento de dados feitos em sites judiciais. “Eles anotavam quais eram as pessoas que teriam ganho alguma causa e tinham valor a receber. Daí eles falsificavam os documentos destas pessoas e iam até as agências bancárias para sacar o dinheiro”, explica o delegado.
As investigações da Polícia Federal começaram há cerca de dois anos. Neste tempo, segundo o delegado, o grupo teria sacado mais de R$ 1 milhão. “Diante do que sabemos por meio do extrato das pessoas que tiveram os documentos falsificados, a fraude é neste montante. O prejuízo, então, era maior para os bancos, pois quando as pessoas beneficiárias iam sacar e notavam a fraude, cobravam dos bancos, que eram obrigados a pagar novamente o dinheiro, sendo que desta vez para a pessoa correta”, explica.
A Operação Quimera V contou com cerca de 30 policiais federais, com o objetivo de cumprir 10 mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nas cidades de Natal, Parnamirim, Nova Cruz, Tibau do Sul e Lagoa D’Anta, no Rio Grande do Norte, e João Pessoa e Sapé, na Paraíba.
De acordo com o delegado, os presos foram ouvidos na manhã desta quinta-feira e devem passar por audiência de custódia e ficar à disposição da Justiça. “Eles vão ser autuados por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e também uso de cédula falsa”, diz Aguiar. A Polícia Federal também vai investigar se há outros crimes associados a este grupo, bem como se existem outras pessoas envolvidas nos crimes.
Do G1 PB/vavadaluz
Dizem que lugar de criança é na escola; assim sendo, lugar de bandido é na cadeia.
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