Quatro gerentes de lojas localizadas em João Pessoa foram detidos nesta sexta-feira (25) por fraudes na ‘Black Friday’. As detenções ocorreram após uma fiscalização do Ministério Público da Paraíba (MPPB) constatar que os preços de alguns produtos foram elevados antes da ‘promoção’. Em contato com o Portal MaisPB, o diretor do MP-Procon, Glauberto Bezerra (foto), revelou que a equipe acompanhou por 10 semanas os preços de mais de 300 produtos.
De acordo com o promotor, as prisões ocorreram no Hiper Bompreço da BR-230, na Eletroshoping, no Armazém Paraíba e no supermercado Extra, da avenida Epitácio Pessoa, por propaganda enganosa. “Constatamos uma verdadeira falta de ética empresarial”, avaliou o promotor. Os gerentes detidos foram encaminhados para a Central de Polícia.
A fiscalização conta com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil da Paraíba e do Procon Municipal.
Desde setembro deste ano, a equipe técnica e o setor econômico do MP-Procon vêm monitorando o preço de aproximadamente 300 produtos em estabelecimentos físicos e no e-commerce, através de pesquisas semanais que ocorreram até o último dia 22 de novembro, véspera do “Black Friday”. Cada estabelecimento recebeu 10 visitas semanais da equipe.
Foram pesquisados preços de produtos com alta perspectiva de circulação nas compras de fim de ano e também eletrodomésticos da linha branca, por exemplo.
De acordo com o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor e diretor do MP-Procon, Francisco Glauberto Bezerra, a ideia é verificar, através desse monitoramento de preços, se houve prática comercial abusiva com uso de propaganda enganosa por parte dos estabelecimentos no “Black Friday”, além da prática de crimes contra a ordem econômica e relação de consumo, previstos na Lei 8.137/90.
“No Brasil, a ‘Black Friday’ não foi recepcionada da mesma maneira pelos fornecedores e consumidores nacionais, gerando, inclusive, a ironia com o nome: ‘Black Fraude’. Diversas são as queixas dos consumidores, desde falsas ofertas, descontos modestos e em alguns casos inexistência”, explicou
MaisPB/vavadaluz
Tudo propaganda enganosa.
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