Saiba qual é o perfil dos usuários e descubra como funciona, quais o limites e se é possível ter prazer em uma relação sexual no mundo virtual
O sexo é algo que mexe com a cabeça das pessoas e as fantasias envolvendo o tema são muitas. Com a modernidade e a tecnologia, as relações virtuais se intensificaram e o sexo online vem ganhando cada vez mais espaço. Se procura o prazer, mas não quer se envolver, essa opção pode ser bem interessante. Está curioso para saber como funciona e qual a relação do usuário tem com a camgirl? Então confira o depoimentos de garotas da área e a opinião de um sexólogo.
As camgirls ficam em estúdios, e nesses ambientes há quartos e outros cômodos para elas realizarem shows na webcam. No resto do mundo, a tendência é bem popular: são mais de mil sites que somando contam com mais de 150 milhões de acessos mensais, mostrando que o tabu relacionado ao corpo e à sexualidade feminina já não existe lá fora. No Brasil, o CameraHot é o percussor dos sites de sexo on line ao vivo com mais de 800 modelos.
Os responsáveis pelo site brasileiro dizem que criaram a plataforma porque perceberam que muitas mulheres faziam shows na webcam via Skype, mas tinham dificuldade de encontrar usuários e de receber o pagamento pela exibição, além dos riscos que corriam por disponibilizarem online seus dados bancários. Tiveram, então, a ideia de criar um ambiente mais seguro para as garotas e para os usuários.
Estabelecendo regras
O sexólogo João Borzino explica que esse tipo de site possui regras e deve haver um acordo entre a garota e o usuário. “Normalmente as camgirls não aceitam fazer coisas bizarras. O homem pode escolher se quer aparecer ou não na webcam, mas é comum ligarem a câmera e mostrar as partes genitais”, diz.
Envolvimento emocional
João alerta que ao entrar nesse tipo de site é importante não se envolver emocionalmente, pois se trata de uma relação fictícia e as mulheres estão ali apenas para estimular o prazer. Porém, segundo relatos de algumas camgirls, a realidade é um pouco diferente.
Uma das garotas, conhecida no CameraHot como Morena Delícia, fala que, quando fez 21 anos, um usuário que conversava com ela há bastante tempo preparou uma noite romântica para a ocasião. “Quando liguei a webcam, a mesa estava toda preparada com velas, vinho, duas taças e um monte de pétalas de rosas espalhadas pela casa toda. Ele foi mostrando o caminho até chegarmos ao quarto dele”, conta.
Chegando ao quarto, tinha em cima da cama um coração feito com pétalas. Também estava escrito parabéns e tinha um conjunto de lingerie branca e uma caixinha de chocolate. “Isso que ele fez para mim foi muito romântico e ao mesmo tempo legal e diferente. Eu amei”, afirma Morena.
Acessórios sexuais
Para aumentar a diversão, além de se exibirem na web cam, as garotas usam acessórios para estimular quem está assistindo. Segundo o sexólogo, é comum terem vibradores, plugs anais e vaginais, consolos e pênis acoplado. A novidade é um vibrador que o usuário consegue controlar à distância a velocidade de vibração e a rotação do brinquedo erótico.
Agora o que muita gente não imagina é que muitos dos atendimentos que são feitos no site envolvem conversa e companheirismo e não necessariamente a prática sexual.
A camgirl Antonella lembra que um homem entrava todos os dias na sala para espioná-la, mas nunca ia falar com ela. Só depois de três meses ele tomou coragem e chamou a garota para conversar. “Ele foi todo romântico, falou dos sentimentos dele por mim, da admiração que tinha e do prazer. Desse dia em diante, passou a me visitar duas vezes pra mais por semana e sempre ficava um bom tempo. Nessa época, passei por momentos difíceis na minha vida, estava muito para baixo e desanimada e ele foi uma pessoa que conseguiu me animar, me fez ver a vida diferente”, conta. Antonella afirma que gostou de ter essa relação, mas o contato se limitou ao site.
Masturbação e fetiche
Na relação virtual, a masturbação é muito comum. O sexólogo afirma que isso é algo saudável, pois dessa forma a pessoa passa a se autoconhecer e descobre uma outra forma de prazer. “O homem só deve tomar cuidado para isso não tornar uma substituição do sexo e passar a ter prazer apenas dessa forma. O sexo virtual é algo mais esporádico e acontece para satisfazer o fetiche que envolve a temática”, diz.
Aninha Safadinha, também trabalha nesse mundo virtual. Ela conta que um dia estava toda maquiada e um usuário que sempreescolhia o perfil dela disse que ela estava diferente. “Perguntei diferente como? E ele falou do meu rosto, que gostava de apreciar a beleza natural da mulher. Aí me pediu para remover toda a maquiagem para que continuássemos a conversa”, fala. Ela confessa que achou a atitude bem legal e, ao mesmo tempo, estranha.
Perfis
O perfil dos usuários do site de sexo online são homens de 25 a 40 anos e a maior quantidade de acesso é da região sudeste. Já o perfil das camgirls são mulheres de 25 a 35 anos e a maioria mora nas regiões sul e sudeste. As meninas mais procuradas são as loiras com um estilo “namoradinha” e “safada”, de acordo com o site. E você, qual perfil escolheria?
Fonte: Deles – iG /vavadaluz