Em artigo para o jornal O Globo, recentemente Frei Betto olhou de frente para um dos mais espinhosos temas enfrentados pela igreja católica: o impedimento às mulheres de ocuparem altos títulos – inclusive, porquê não, de papisas em potencial – dentro da estrutura da igreja. No mundo de hoje, há ainda sentido em proibir as mulheres tal possível ascensão sem que seja por nada além que machismo e manutenção de poder?
Frei Betto prepara o terreno dessa questão lembrando que o próprio Papa Francisco nomeou uma comissão para avaliar se mulheres devem ou não ter acesso ao diaconato – e que em diversos países, inclusive o Brasil, já existem religiosas que podem presidir matrimônios e celebrar batismos, ainda que não sejam oficialmente diaconisas.
A grande afirmação de Frei Betto em seu texto, no entanto, é frontal e direta: a de que não existe fundamento bíblico algum que justifique a exclusão das mulheres do sacerdócio – o único impedimento seria de fato a cultura patriarcal que domina a igreja desde os primeiros séculos do cristianismo e até hoje. Logo, não há justificativa para a misoginia dentro da instituição.
Um dos mais importantes nomes da Teologia da Libertação – corrente cristã que defende a opção dos evangelhos pelos mais pobres como ponto essencial, se valendo, para isso, das ciências humanas e sociais – Frei Betto foi por duas vezes preso durante a ditadura militar (a segunda detenção o manteve encarcerado por quatro anos). Frei Betto é premiado no mundo inteiro por sua atuação em favor dos direitos humanos e dos movimentos populares.
Para o Frei, é chegada a hora da Igreja permitir aflorar esse lado feminino e dialogar diretamente com o mundo de hoje, a igualdade de gênero e essa metade feminina da população.
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Fonte: Hypeness