Minha querida amiga Terezinha Barros, (Terezinha) me perdoe em não ter segurado as lagrimas ao ler tão contundente depoimento de vida, enumerando pessoas e fatos com o maior e mais puro sentimento de gratidão. Não resisti e levei ao ar para que outros acreditem que ainda existem neste mundo pessoas como você e o já saudoso Manoel Valeriano.
Terezinha Barros Há sete anos não vou a Ingá. Decisão traumática, diga-se de passagem. Perdi o encantamento quando por força maior fui “obrigada” a vender a casa que me viu nascer, crescer e onde meus pais viveram por quase setenta anos. Hoje volto a Ingá com uma mistica sensação de perda, saudades e agradecimentos. A família Valeriano de Oliveira também é a minha família. Tereza nossa referência maternal, mulher aguerrida, valente e como não poderia deixar de ser, sempre muito bem arrumada, para curtir as tardes bucólicas da Virgulino de Souza Campos. Manoel nem se fala, amigo íntimo de meu pai, guardião de minha mãe, após a viuvez da mesma. Vou nomear cada membro dessa família como de fato trago no coração: Leozita, quase se tornou minha cunhada; trabalhava no cartório e sempre manteve a altivez feminina dos anos cinquenta; Leonice, linda, loira e bem a frente de seu tempo, amiga sempre; Marlene, ah! Marlene, como te agradecer o que tão generosamente, tão amorosamente tu e teu amado José fizestes pelo bem estar de minha mãe?Uma coisa posso te assegurar, estás em minhas orações sempre. Marli, amiga dos alvoroços adolescentes, de sorriso que iluminava o rosto todo por qualquer besteira que dizíamos ou fazíamos. Everaldo cuja passagem na terra foi tão rápida quanto a de um cometa, era parceiro das bolas de gude sempre que tempo disponhamos. Marizete, minha afilhada de fogueira, foi minha aluna de brincadeira de escola e já maiorzinha foi cobaia no teste de fazer sobrancelhas com “gilete”. Aurizete, mais fechada e mais contundente na defesa de suas ideias, mas, uma boa companheira. Adjane menina linda de olhos profundos companheira de trabalho, minha madrinha de casamento e guardiã serena, minha e de seu Lenha, nos finais das festas, quando os vapores etílicos se espalhavam pelas praças de Ingá. Aurileide vi menina, não fez parte da galera porque seu Vavá nos roubou… Agrisonio chegou por último, afilhado de meu pai, mesmo assim, ainda deu pra curtir as meninices alegres da galera mais velha. Escrevi tudo isto, para dizer: MEUS MAIS DOLOROSOS SENTIMENTOS PELA PERDA DO NOSSO PATRIARCA. S A U D A D E S!
Parabéns Terezinha Barros, pelo sentimento nobre de reconhecimento e agradecimento a quem, em sua sua vida e em seu coração, está guardado para todo o sempre (Manoel Valeriano, Tia Tereza e Filhos).
Quem com os dois conviveu sabe do tamanho da perda. Tia Tereza a fina flor do amor, da meiguice, da doçura e do eterno exemplo de como ser mãe, esposa e amiga. Seu Manoel, o Paizão sem limites, o amigo de todas as horas, referência do bem e da boa conduta.
O amor que os uniu até hoje, mesmo com a partida deste patriarca, não se separará, porque eles foram e serão para todo o sempre uma só alma e um único amor na reciprocidade de suas vidas.
Saudades eterna do meu Biso Manoelï
Saudades do meu Biso! Que ele esteja ao Lado de Deus! #aindadeluto
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