A Secretaria de Saúde de Campina Grande iniciou na manhã desta quinta-feira, 12, o processo de Registro Geral de burros, jumentos e cavalos utilizados em Veículos de Tração Animal. Mais de 20 carroceiros foram até o Centro de Zoonoses, no bairro de Bodocongó, no período da manhã, onde foram implantados chips nos bichos. O cadastramento continua até o dia 25 de maio e cerca de 600 animais devem passar pelo processo. Somente os carroceiros que fizerem o registro poderão continuar circulando.
Os carroceiros levam os documentos pessoais e fazem um cadastro no local. Os animais também são registrados e recebem uma carteirinha de identificação animal. O chip implantado nos bichos contém informações sobre seus proprietários. Caso algum acidente aconteça com o burro, jumento ou cavalo, ou ele seja abandonado ou encontrado sofrendo maus tratos, os profissionais do Centro de Zoonoses identificam o dono e o endereço, por meio da leitura do chip com um leitor óptico. “A ideia é fazer com que o dono aumente a responsabilidade com relação ao animal”, explicou a Gerente de Vigilância Ambiental e Zoonoses, Rossandra Oliveira.
As carroças também receberam placas da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos – STTP, e faixas refletivas foram aplicadas para evitar acidentes. “Esta é a primeira vez que uma administração pública implanta chip em animais no país. De forma pioneira também pretendemos implantar os chips em cães e gatos em um segundo momento”, explicou Rossandra.
Os Agentes de Trânsito fazem um trabalho educativo com os carroceiros orientando sobre a circulação nas ruas centrais e outras informações importantes para evitar acidentes. A Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS, coleta informações sobre os donos dos animais e sua família para desenvolver uma política de acompanhamento a essas pessoas. “Posteriormente eles serão capacitados e inseridos no mercado de trabalho em outras funções de acordo com suas habilidades. O Plano de Redução Gradativa de Veículos de Tração Animal em Campina Grande prevê que esta atividade deve ser extinta até 2022. Estamos fazendo isto aos poucos e com respeito aos carroceiros porque não é inteligente simplesmente proibir a circulação como outras cidades já fizeram”, esclareceu Rossandra.
Os animais estão recebendo medicamento contra vermes e vacinas contra raiva, influenza equina, tétano e encefalomielite. “Eu mesmo não teria condição de pagar por esses medicamentos. É importante porque estão cuidado da saúde do bicho”, disse o carroceiro Wellington Sousa.
Os chips e leitores foram adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde e o suporte sobre banco de dados com as informações foi fornecido pela Escola Técnica Redentorista. Outros órgãos como Guarda Civil Municipal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ambiental, Força Florestal também colaboram com o projeto.
MaisPB