A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (22) a 26ª fase da Operação Lava Jato. A nova fase seria um desdobramento da 23ª fase, a Acarajé, que prendeu o publicitário João Santana e sua mulher, Monica Moura. Santana trabalhou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.
OPERAÇÃO XEPA
A 26ª fase da Operação Lava Jato foi batizada Operação Xepa. Cerca de 380 Policiais Federais cumprem 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Minas Gerais e Pernambuco. Estão sendo cumpridos 67 mandados de busca e apreensão, 28 mandados de condução coercitiva, 11 mandados de prisão temporária e 04 mandados de prisão preventiva.
Os trabalhos desenvolvidos são um desdobramento da 23ª fase, Acarajé. Em decorrência da análise de parte do material apreendido, descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas. O material indicou a realização de entregas de recursos em espécie a terceiros indicados por altos executivos do grupo nas mais variadas áreas de atuação do conglomerado empresarial.
Há indícios concretos de que o grupo se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos. Os investigados responderão, dentre outros, pelos crimes de corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos.
Os investigados conduzidos coercitivamente serão ouvidos em suas respectivas cidades, enquanto os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
POLIMENTO
A 26ª fase acontece apenas um dia após a 25ª, deflagrada nesta segunda-feira (21), pela polícia judiciária de Lisboa, em Portugal, onde foi preso o operador Raul Schmidt Felippe Junior, foragido desde julho de 2015. A primeira operação internacional foi chamada Polimento. Schmidt é alvo da 15ª fase, suspeito de pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró – que já foram presos em fases anteriores e seguem detidos em Curitiba.
Mais informações em breve.