Pular para o conteúdo

Leia e aprenda, Ex-panfleteiro largou carreira militar e abriu rede de escolas de R$ 21 milhões

Com pouca verba, o carioca Diego Monteiro se mudou para Feira de Santana (BA) para viabilizar o negócio hoje milionário

Determinação, espírito empreendedor e um pouco de dinheiro. Foi apenas disso que Diego Monteiro precisou para fundar a Gracom, escola de efeitos visuais que faturou R$ 21 milhões em 2015.

Nascido no Rio de Janeiro, Monteiro iniciou sua carreira como entregador de panfletos. Pela insistência da família, que o cobrava para encontrar um emprego mais estável, ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Estudou muito e passou em um concurso público concorrido. Tinha plano de carreira e a possibilidade de, inclusive, chegar ao posto de general, mas a carreira militar não fazia parte de seus sonhos.

Carioca, o empreendedor mudou-se para Feira de Santana para viabilizar o negócio dos sonhos
Divulgação

Carioca, o empreendedor mudou-se para Feira de Santana para viabilizar o negócio dos sonhos

“Fiquei um ano. Quando estava para ser transferido, eu saí de lá para voltar a ser panfleteiro. Era o que sabia fazer, não me identifiquei com a vida militar. Gostava de empreender”, conta.

A opção de Monteiro por abandonar a carreira no exército decepcionou sua mãe, que era uma das maiores incentivadoras. “Ela tinha 10 fotos minhas em casa, uma da minha irmã e uma do meu irmão. Quando saí, ela tirou todas as minhas”, conta o empresário.

Ideia da empresa surgiu ainda na carreira mlitar, em evento de desenhos japoneses
Divulgação

Ideia da empresa surgiu ainda na carreira mlitar, em evento de desenhos japoneses

A ideia da Gracom, no entanto, já havia começado a ser desenhada antes de Monteiro deixar a escola militar. Durante visita a um evento de desenhos japoneses, o empreendedor percebeu que havia demanda por este tipo de conteúdo, mas não havia produção. Pensou, então, em começar devagar, ensinando as melhores ferramentas do mercado, com o pensamento de “qualificar a demanda suprimida de jovens para a área de tecnologia”. Colocou o plano em sua cabeça e, com o dinheiro que tinha poupado e o investimento de um sócio, que pagou a maior parte, juntou R$ 220 mil e deu início ao negócio.

Devido ao baixo valor que tinha em mãos, Monteiro não pôde se dar ao luxo de estabelecer o empreendimento em grandes capitais, como São Paulo ou Rio de Janeiro. Mudou-se para Feira de Santana, na Bahia, onde abriu a primeira unidade da Gracom, em 2008. “Minha mãe é baiana, já tinha conhecimento da região e não tínhamos capital alto. Começar na Bahia dava a oportunidade de encontrar imóveis e mão de obra mais baratos”, explica. Mesmo assim, ele conta que “nada foi muito fácil” no início: “Eu não tinha condições muito boas. Iniciamos com R$ 220 mil, tinha que fazer obra e não tinha projeto arquitetônico, não tinha estrutura. A gente fazia de tudo. Planejava obra, fazia atendimento”.

Uma das situações mais complicadas pelas quais o empresário passou foi justamente em sua mudança para a Bahia. No começo, Monteiro investia tudo que ganhava em outra unidade da Gracom, portanto, não conseguia ter renda suficiente para manter uma casa. Isso fez com que ele e sua esposa fossem obrigados a dividir um apartamento com seus funcionários. “Eu e mais 4 e morávamos com dois quartos. Nós dividíamos a geladeira, cada gaveta era de uma pessoa. Era difícil manter o respeito. Como eu poderia chamar a atenção de alguém que dividia geladeira comigo? Mas, depois, tudo foi fluindo muito bem e serviu de aprendizado. No primeiro ano a gente não tinha nem armário. A caixa da TV era nosso armário. Fui comprar meu primeiro carro só com 23 anos, porque investi todo o dinheiro que tive”, conta.

Monteiro, que fundou a empresa aos 21, ainda não tinha conhecimento sobre administração de negócios, mas, oferecendo “inovação e cursos de qualidade”, teve boa aceitação logo no início e fechou o primeiro mês com 80 alunos. Ao final do primeiro ano, a Gracom já tinha 1000 matrículas ativas. Atualmente, são 10 mil alunos cursando alguma das seis opções – como design de games e projetos 3D – oferecidas pela escola nos 13 Estados em que atende.

Em 2016, a Gracom tem o crescimento como meta. Para atingir a projeção de faturamento, que é de R$ 25 milhões, a chancela trabalha no desenvolvimento de novas unidades fraqueadas, que já representam 11 das 17 escolas em funcionamento: “Nós tivemos uma formatação, quando tínhamos de quatro a cinco unidades próprias, e fomos orientados a ter um plano de expansão que completasse, primeiramente, a região Nordeste. Isso será concretizado com a inauguração da unidade de Maceió”. Posteriormente, a Gracom partirá para Norte, Centro Oeste, Sul e Sudeste, nesta ordem.

Apesar de estar feliz com a expansão do negócio, Monteiro reforça que o ensino continua sendo sua maior preocupação: “Os franqueados estão tendo sucesso, mas nós fazemos um filtro porque somos muito focados na qualidade. Além de franqueadores, somos educadores. Por isso temos escolas próprias e focamos muito no aprendizado”.

Com tantos resultados positivos, Monteiro conta, orgulhoso, uma das mais importantes conquistas que teve com a Gracom: “Agora minha mãe voltou a ter uma foto minha na casa dela

1 comentário em “Leia e aprenda, Ex-panfleteiro largou carreira militar e abriu rede de escolas de R$ 21 milhões”

Não é possível comentar.